Teve lugar anteontem, dia 5, a segunda volta das eleições legislativas no Egipto. Dos 518 lugares do Parlamento dez são atribuídos segundo indicação do presidente Hosni Mubarak. Assim, os 508 sujeitos a escrutínio, foram distribuídos da seguinte forma: 419 para o Partido Nacional Democrático (PND) de Mubarak, 15 para a oposição e 70 para independentes, havendo ainda a determinar quatro lugares.
A segunda volta foi marcada pelo boicote das duas principais formações de oposição ao regime: os Irmãos Muçulmanos, um partido oficialmente interdito mas que se apresenta com a etiqueta de "independente" e o partido laico Wafd. Os Irmãos Muçulmanos justificaram a sua desistência afirmando que a primeira volta "fora marcada por fraudes, terrorismo e violência por parte da polícia e dos homens de mão do presidente". O Wafd lamentou que o governo não tivesse respeitado a "promessa presidencial de transparência das eleições".
Estas eleições legislativas deverão ser as últimas a ter lugar no longo consulado do presidente Hosni Mubarak, de 82 anos e cujo estado de saúde é extremamente débil. Ignora-se, aliás, se Mubarak se apresentará ainda mais uma vez ao sufrágio nas eleições presidenciais do próximo ano.
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