Registámos aqui o nosso espanto perante a decisão do chefe do governo regional dos Açores de conceder aos funcionários públicos açorianos (e não a todos, os polícias, por exemplo, ficarão excluídos) uma retribuição equivalente à diminuição de vencimento que sofrerão todos os servidores do Estado em 2011.
Ignoro se esta redução das remunerações seria essencial para ajudar a equilibrar o Orçamento, com tanto desperdício por toda a parte. Ainda há dias foi anunciada a criação de mais uma empresa pública para gerir não sei bem o quê, parece que as obras públicas. E por aí fora. Mas a partir do momento em que há, votada no Parlamento, legislação sobre a matéria, em nome da estabilidade financeira, então deverá ser cumprida em todo o território nacional. O sol quando nasce é para todos, e quando se retira igualmente a todos afecta.
Não sei o que faz correr Carlos César, mas não acredito que seja por estar compadecido com a sorte dos deserdados da terra. Também não tenho a certeza de que a medida seja inconstitucional, embora me pareça que é. Mas há uma coisa que sei: que é profundamente imoral.
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