O padre iraquiano Raymond Moussalli celebra a missa de Natal, acolitado por crianças iraquianas exiladas, na igreja católica caldaica de Amann, na Jordânia |
Este ano não haverá celebrações de Natal no Iraque. As poucas catedrais e igrejas estão vazias, e mesmo as decorações natalícias estarão ausentes dos lares, devido ao receio de novos ataques de fundamentalistas islâmicos que no passado dia 31 de Outubro mataram 60 pessoas e mutilaram mais de 100 no assalto à Igreja de Nossa Senhora da Salvação, em Bagdad.
A comunidade cristã do Iraque ficou reduzida a menos de metade depois do derrube do presidente Saddam Hussein, mas nas últimas semanas tem-se assistido a um êxodo sem precedentes para o norte do país (a zona curda) e para os vizinhos países árabes especialmente para a Jordânia, o Líbano e a Síria, países onde está garantida a liberdade de culto. Segundo se informa aqui, as próprias casas dos cristãos constituem alvos para os extremistas da Al-Qaida, e 80% dos fiéis já não frequentam as igrejas, uma situação única na história das comunidades cristãs do Médio Oriente.
Importa recordar, para as pessoas de memória débil ou dadas a ataques de amnésia selectiva, que sempre a liberdade religiosa foi garantida durante o consulado de Saddam Hussein, e que a situação de terror que se vive no país é devida à invasão anglo-americana de 2003, promovida pelos dois grandes criminosos de guerra da história da Humanidade, George W. Bush e Tony Blair.
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