quarta-feira, 6 de abril de 2011

A ASSISTÊNCIA FINANCEIRA


Afinal Portugal vai mesmo pedir assistência financeira à Comissão Europeia. Não sei se estava escrito nas estrelas mas é este o estado a que o Estado chegou.

Depois da Grécia e da Irlanda é agora a nossa vez. Curiosamente, da Islândia nunca mais se falou.

A crise das finanças portuguesas tem sido debatida até à exaustão desde há meses. Mas, por estranho que pareça, não vi praticamente ninguém interrogar-se sobre a responsabilidade do descalabro da dívida soberana. 

Sabemos que as receitas de Bruxelas, ou do FMI, só agravam a situação dos cidadãos dos países "ajudados". Para além da especulação financeira internacional (é sempre bom recordar-se o filme Inside Job recentemente projectado nos nossos cinemas) parece articularem-se neste esquema vontades misteriosas que, pouco a pouco, vão reduzindo aos europeus não só a cidadania mas o próprio sustento.

A esta estranha "governança" da União Europeia acrescem os movimentos, em sentidos aparentemente díspares, das revoltas no mundo árabe, já para não falar das hecatombes da África Sub-Sahariana.

Evocámos o mês passado o fantasma, que se prefigura cada vez mais nítido, de um governo secreto mundial. Não vale a pena acrescentar pormenores já sobejamente conhecidos.

Recordemos somente a palavra do Evangelho, muito pertinente neste caso: «Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça.» (Mateus, XIII, 9).

E ainda, a título de reflexão: «Colocámos à frente de cada cidade os seus maiores criminosos. Eles cometem as fraudes mas apenas em seu detrimento, pois não se dão mesmo conta» (Corão, VI, 123).

Sem comentários: