terça-feira, 15 de junho de 2010

O CAMPEONATO DO MUNDO


Tinha decidido nada escrever sobre o Campeonato do Mundo de Futebol. Mas reconheço que é um acontecimento incontornável. A programação das rádios e das televisões é alterada, os jornais cobrem-se de fotos e de textos sobre o evento, as conversas não têm outro assunto, a circulação nas ruas quase se suspende à hora dos encontros, as pessoas modificam os seus afazeres quotidianos, parece que Portugal (e o mundo) fica suspenso dos resultados dos jogos desse desporto originário da pérfida Albion. Sem falar do ruído ensurdecedor das vuvuzelas. 

A África do Sul, onde uma parte da população vive na miséria, gastou alguns biliões de dólares para construir os estádios deste mundial; tal como há uns anos atrás Portugal, durante o governo de Guterres. Com o dinheiro destes estádios teria sido possível melhorar a vida das populações e contribuir para evitar ou atenuar as crises que se avizinham. Mas o futebol progride, há que reconhecê-lo, em todos os continentes e desperta apaixonadas reacções. Ele é, como escrevi tempos atrás, o verdadeiro ópio do povo. Os jovens revêem-se nos jogadores que são hoje - mais do que desportistas - figuras mundanas, modelos de revistas, anunciantes de marcas e firmas, numa palavra, símbolos sexuais que provocam a admiração ou a inveja, mas com quem uma parte da população mundial, homens e mulheres, consciente ou inconscientemente, gostaria de passar uma noite. É esta, de facto, a verdadeira natureza das coisas, e os próceres da bola há muito se aperceberam dela, e a exploram sem inibições nem escrúpulos.

Antigamente havia clubes, hoje há sociedades anónimas cotadas em bolsa, antigamente o futebol era um desporto, hoje é um negócio, mas a maioria dos mortais ainda não o compreendeu ou teima em ignorá-lo. Os jogadores das selecções nacionais, durante anos, eram compostos de naturais dos respectivos países, hoje muitos são naturalizados. Mesmo os clubes, que jogaram décadas com futebolistas da respectiva nacionalidade, estão hoje recheados de estrangeiros. Assim, os desafios, entre equipas ou entre selecções, são um cocktail de países.

O jogo desta tarde entre a Costa do Marfim e Portugal não despertou entusiasmo. Com um estádio longe de estar repleto, apenas se exibiu a condição atlética dos jogadores marfinenses, corpos verdadeiramente maciços como os comentadores televisivos salientaram.

Das duas estrelas que a Vanity Fair homenageou na capa de um dos seus últimos números, apenas jogou Cristiano Ronaldo o tempo inteiro, já que Didier Drogba, lesionado, ainda que autorizado pela FIFA, só participou na 2ª parte do encontro.



Esta partida desenrolou-se sem grande emoção e terminou por um empate a zero, resultado adequado ao desempenho das equipas. Aguardam-se os próximos jogos.

1 comentário:

Anónimo disse...

eu sinto-me mal quando estou com um homem, porque queria fazer sexo com ele e não posso
e a pila que vêem é a de ouro que me deram ,porque dentes não tinha
tinha mas era minúscula do tamanho de uma pila de um miudo de 9 anos,com o problema que tive quando tinha 19 anos ela diminuiu e ficou assim para sempre