sexta-feira, 18 de junho de 2010
18 DE JUNHO DE 1940
Em 18 de Junho de 1940, há precisamente 70 anos, o general Charles de Gaulle dirigia a partir de Londres, aos microfones da BBC, um apelo à resistência dos franceses contra a invasão alemã. Esse discurso que, atendendo às circunstâncias, poucos ouviram, e de que não se dispõe de nenhum registo sonoro, é considerado o texto fundador da Resistência francesa, cuja chama « ne doit pas s'éteindre et ne s'éteindra pas ». Na véspera, a 17, o primeiro-ministro Paul Reynaud demitira-se, sendo substituído pelo marechal Philippe Pétain, que manifestara na rádio nesse mesmo dia a intenção de concluir um armistício com o inimigo.
Citam-se duas oportunas passagens de discursos do general De Gaulle:
«Il reste à savoir si, dans la conjugaison du système nazi et du dynamisme allemand, il n'y a eu qu'un hasard, ou si cette rencontre même ne fut pas comme l'aboutissement d'un mal plus général, tranchons le mot, d'une crise de la civilisation.»
(Novembro de 1941, Oxford)
«Les grandes sources de la richesse commune doivent être dirigées et exploitées non point pour le profit de quelques-uns mais pour l'avantage de tous. il importe que les coalitions d'intérêt qui ont tant pesé sur la condition des hommes et sur la politique même de l'État soient abolies une fois pour toutes.»
(12 de Setembro de 1944)
Nesta Europa e neste Mundo em declínio, sem fé e sem esperança, Charles de Gaulle - militar, político e intelectual - foi um dos últimos estadistas que a História registou. Os tempos sombrios que se avizinham para a Humanidade reclamam que surjam personalidades da envergadura do general De Gaulle, capazes de enfrentar a procela. Contudo, ainda não se divisam na bruma...
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