As recentes eleições legislativas na Bélgica, que deram uma maioria à Nova Aliança Flamenga (N-VA), de Bart de Wever, são mais um passo na progressiva desagregação da Europa, iniciada com o desmembramento da União Soviética, a partição da Checoslováquia e a destruição da Jugoslávia. Acentua-se agora a tendência separatista na Bélgica, com vista à criação de dois estados: a Flandres e a Valónia. E constata-se que em Espanha os Bascos (que lutam, armadamente, há décadas pela independência) ainda não desistiram e os Catalães continuam a sonhar com a separação (já D. Francisco Manuel de Melo escreveu sobre isso no século XVII). No Reino Unido é a Escócia que se quer desligar totalmente da Monarquia dos Windsor e na Itália a Liga do Norte pugna pela divisão do país. Em França surgem por vezes sinais de uma autonomia para a Aquitânia, na Alemanha reunificada, alguns "länder", como a Baviera gostariam da independência e as fronteiras mais a Leste, como escrevemos em post anterior, estão em discussão que já nem é silenciosa. Também as fronteiras da Grécia com a Turquia são periodicamente objecto de reivindicações, a Moldávia (ex-União Soviética) pretende juntar-se à Moldávia da Roménia, a Macedónia é objecto de controvérsia entre a Antiga República (Fyrom) e a Grécia.
Adenda: Acrescente-se a saída da Irlanda do Norte do Reino Unido para se integrar na República da Irlanda, a secessão da Córsega de França e a reunificação do Chipre.
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