sábado, 4 de fevereiro de 2012

ISRAEL PREPARA-SE PARA ATACAR O IRÃO


Segundo o jornal EL PAÍS, Israel prepara-se para atacar o Irão, ainda esta Primavera, segundo foi comunicado pessoalmente pelo primeiro-ministro israelita a Leon Panetta, secretário americano da Defesa. A intenção do governo judaico é evitar que o Irão construa finalmente a sua bomba atómica e ao mesmo tempo comprometer a administração Obama no conflito antes das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Receia Israel que as sanções previstas pela União Europeia não sejam suficientes para dissuadir Teerão do seu programa nuclear, pelo que entende conveniente lançar um ataque preventivo, numa altura em que o conflito na Síria, alimentado por Tel Aviv, Washington e algumas capitais europeias e também pelas monarquias do Golfo, impede o governo de Damasco de um auxílio à República Islâmica. O ataque ao Irão seria também desejado pelas referidas monarquias do Golfo, desejosas de se livrarem de um vizinho xiita poderoso.

O ayatollah Ali Khamenei advertiu entretanto os Estados Unidos de que um ataque ao seu país teria consequências dez vezes mais graves para os EUA do que para o Irão, do que não se duvida completamente, apesar do excesso retórico da afirmação.

Há, todavia, uma certeza: um ataque ao Irão, depois das invasões do Afeganistão e do Iraque e da agitação que reina em muitos países árabes, será suficiente para incendiar todo o Médio Oriente e provocar uma Terceira Guerra Mundial. Parece, aliás, que é mesmo essa a intenção de muitos estados empenhados na desestabilização da região, que tem sido, ao longo dos séculos, palco de sucessivos confrontos, nomeadamente nos últimos anos por causa dos jazigos de petróleo.

Porém, esta cartada de Israel reveste-se de muitos perigos. Por um lado, as represálias do vasto arsenal do Irão e dos seus aliados na região, como o Hizbullah, cujos mísseis são susceptíveis de atingir o território judaico; também o apoio norte-americano poderia ser condicionado em face das reacções internacionais; a eventual revolta anti-judaica em todo o mundo islâmico, que seria absolutamente incontrolável, traduzir-se-ia numa ameaça de alto grau para Israel e para os seus cidadãos; inevitável seria também uma insurreição palestiniana nos territórios ocupados; a atitude da Rússia e da China, e mesmo de outros países como o Brasil, a África do Sul, ou a Índia poderia revelar-se fatal para a existência do estado judaico.

Crê-se, e deseja-se, que seja evitada qualquer atitude precipitada que possa mergulhar o mundo num conflito de incalculáveis proporções.

2 comentários:

Zephyrus disse...

A ler com atenção:

http://www.dn.pt/desporto/interior.aspx?content_id=2284456&page=2

Anónimo disse...

Tirando a crise dos mísseis em Cuba,não me lembro nos meus já muitos anos de vida, de ver o Armagedão tão perto, como agora.
Marquis