sábado, 18 de fevereiro de 2012

A CONSPIRAÇÃO PARA MATAR O PAPA


Nas últimas semanas tem-se verificado um certo mal-estar no Vaticano. No final do mês passado foram divulgadas duas cartas do núncio apostólico nos Estados Unidos, arcebispo Carlo Maria Vigarò, em que este prelado, que foi governador da Cidade do Vaticano, se queixava ao Papa e ao cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, de existir corrupção ao mais alto nível no Estado Pontifício, subentendendo-se que o próprio Bertone seria um dos corrompidos.

A divulgação das missivas criou grande preocupação no Vaticano, já que Vigarò, um homem de grande prestígio, fora, enquanto governador da Cidade,  um dos responsáveis pelo saneamento das finanças da Santa Sé.

A estas notícias, segundo o PÚBLICO, acresce a revelação feita pelo cardeal colombiano Castrillón Hoyos, que exerceu os mais elevados lugares na Cúria Romana, de uma inconfidência feita a empresários italianos pelo cardeal Paolo Romeo, arcebispo de Palermo, de que existiria uma conspiração para matar o Papa até final deste ano.

O porta-voz do Vaticano classificou essas afirmações como "delirantes", mas tendo em conta a estranha morte, nunca devidamente esclarecida, de João Paulo I, que, devido às normas da Igreja não foi autopsiado, tais notícias não serão tão inverosimilhantes como à primeira vista poderão parecer.

Há um "mau clima" na Santa Sé, disse numa entrevista ao Corriere dela Sera o cardeal alemão Walter Kasper, que foi presidente do Conselho Pontifício para  a Promoção da Unidade Cristã. Sendo um facto que Bento XVI é um intelectual respeitado, independentemente de algumas atitudes polémicas que tem assumido, também é verdade que se tem distanciado do governo quotidiano da Igreja, permitindo a Bertone, figura muito contestada, um protagonismo que excede largamente as suas competências, e que chega a comprometer a posição da Igreja Católica.

Esperar para ver o que acontece.

1 comentário:

Anónimo disse...

Agora só falta assasinar o Papa