segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
A VEZ DO IRÃO
Hoje foi a vez do Irão. Violentos confrontos entre os manifestantes e as forças da ordem provocaram dezenas de feridos e possivelmente alguns mortos, ainda sem confirmação, além de inúmeras detenções.
Milhares de oposicionistas ao actual regime marcharam no centro da capital e noutras cidades do país, especialmente em Isfahan. Foram queimados cartazes com as efígies do ayatollah Khomeini, o fundador da República Islâmica, e do actual guia supremo, o ayatollah Ali Khamenei. Os manifestantes pediram a saída imediata do presidente da República, Mahmud Ahmadinejad, a libertação dos presos políticos e o fim do regime teocrático. Os iranianos, especialmente os jovens, não se conformam com a manutenção da lei islâmica e com a rigorosa repressão em matéria de costumes, o que é absolutamente compreensível.
Mais do que a política externa do governo, é a situação interna que é fortemente contestada. Parece que, depois das manifestações reprimidas dos últimos anos, o país, tal como o Egipto uma antiquíssima nação, herdeira da velha Pérsia e de várias e sucessivas civilizações brilhantes, será palco, a breve trecho, de ocorrências inesperadas para a actual liderança religiosa. Aguarda-se o posicionamento de um dos homens fortes do regime e antigo presidente da República, o poderoso ayatollah Ali Akbar Hashemi Rafsanjani, actual contestatário do regime, e também a atitude do mais discreto e moderado anterior presidente da República, Muhammad Khatami. E também a dos concorrentes de Ahmadinejad nas últimas presidenciais, Mir Hussein Mosavi e Mehdi Karroubi.
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2 comentários:
O incêndio começa a generalizar-se. Vamos ver até onde chega.
Talvez enquanto reprimem,prendem e torturam os manifestantes,se distraiam do desporto favorito do país,ou seja de enforcar pessoas (nomeadamente jovens) cuja orientação de costumes não agrada aos sinistros barbudos.
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