sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
MUBARAK ACABOU POR SAIR
O vice-presidente do Egipto, general Omar Suleiman, informou a nação, às 16:05 (hora de Lisboa) que o presidente Mohamed Hosni Mubarak, atendendo às condições difíceis que o país atravessa, decidiu abandonar o cargo de presidente da República, encarregando o Conselho Supremo das Forças Armadas de gerir os assuntos do país.
A comunicação foi recebida com o maior júbilo, não só pelos milhares de pessoas que se encontram reunidas na praça At-Tahrir, como em todo o Egipto.
Mubarak abandonou o palácio de Heliópolis, no Cairo, e encontrar-se-á na residência estival de Sharm El-Sheikh, no Sinai, segundo fontes não confirmadas.
Como escrevemos ontem, e temos referido em posts anteriores, mais uma vez o exército assume o controle da situação, agora sob o comando do marechal Mohamed Hussein Tantawi, um dos presidenciáveis a que aludimos, juntamente com Suleiman, Amr Mussa e El-Baradei em post de 25 de Junho do ano passado.
Como é evidente, a situação de indefinição política no Cairo, neste momento, em que Suleiman deveria assumir legalmente a presidência da República mas é Tantawi quem recebe o poder supremo, é acompanhada com a maior atenção pelos governos de todos os países, já que o Egipto é, no dizer dos árabes, "a Mãe do Mundo". Trata-se, de facto, de uma verdadeira revolução, com consequências ainda imprevisíveis, não só nos países árabes mas em muitas outras nações.
Um dado adquirido é que as forças armadas procurarão manter uma certa continuidade na política externa do Egipto, introduzindo mecanismos democráticos e levantando o estado de emergência que vigora há 30 anos. Procurarão também uma melhor distribuição das riquezas, a promoção de empregos e uma diminuição da corrupção, um fenómeno endémico da sociedade egípcia.
Mas, por ora, é prematuro fazer previsões no país dos faraós.
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1 comentário:
A ver vamos, como diz o cego
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