Regressaram esta manhã os protestos contra o regime, em Argel, Oran e noutras cidades do pais. Os manifestantes, cerca de 2.000, pretenderam desfilar da praça da Concórdia (antiga praça Primeiro de Maio) para a praça dos Mártires, tendo sido impedidos pelo forte contingente policial de 30.000 agentes, distribuídos pelos locais estratégicos da cidade.
Praça dos Mártires |
A polícia actuou com moderação, estando colocados pela cidade carros dos bombeiros e serviços de socorros para a eventualidade de confrontações violentas, tendo em atenção os precedentes da Tunísia e do Egipto. Os manifestantes pedem a saída do presidente Bouteflika e a democratização do regime. Este protesto foi convocado pela Coordination Nationale pour le Changement et la Démocratie (CNCD), constituída por partidos da oposição.Também presente entre os manifestantes, um dos chefes do Front Islamique du Salut (FIS), Ali Belhadj.
Alguns contra-manifestantes, ligados ao Front de Libération Nationale (FLN) e ao Rassemblement Nationale Démocratique (RND), partidos da aliança no poder, exprimiram também o seu apoio ao regime, mas não se registaram até ao momento confrontos entre as duas partes, talvez devido á exiguidade dos primeiros.
Como vem sendo hábito, aguarda-se a evolução da situação, ainda que a Argélia seja diferente da Tunísia e do Egipto. Aliás, os países árabes, ao contrário de uma opinião falsamente estabelecida, são significativamente diferentes uns dos outros.
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