Mais de um milhão de pessoas manifestou-se ontem na praça At-Tahrir, no Cairo, exigindo a saída imediata do presidente Hosni Mubarak. Contudo o Raïs, falando há poucas horas pela televisão, declarou que apenas sairia em Setembro, no fim do seu mandato, prometendo não voltar a recandidatar-se, tal como já fizera Ben Ali em Tunis, na véspera de ser forçado a abandonar o país.
Entretanto a mobilização continua, não só no Cairo, mas noutras cidades egípcias, estando a registar-se esta noite confrontos em Alexandria, na praça Mahattat al-Misr, a grande praça, dispondo de um aprazível jardim muito agradável nas noites de Verão, onde se encontra a estação principal de caminho de ferro de Alexandria.
Por outro lado, na Jordânia, o rei Abdullah II, em consequência dos protestos diários no país, substituiu ontem o governo de Samir Rifai, nomeando primeiro-ministro o general Maruf Bakhit.
A contestação no mundo árabe alastra pelos diversos países, que não se encontram imunes ao efeito de contágio, aguardando apenas o desfecho da crise no Egipto.
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