quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

LIEBERMAN EM PORTUGAL


Chegou ontem em visita oficial a Portugal, onde permanecerá até hoje, o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros israelita Avigdor Lieberman. Nascido a 5 de Junho de 1958, em Kichinev, na ex-União Soviética, hoje capital da Moldávia, cidade cuja maioria da população é moldavo/romena, Evet Lvovich Liberman, que depois alterou o nome para o que hoje utiliza, emigrou para Israel e vive actualmente em Nokdim, um colonato israelita na Cisjordânia, e portanto uma habitação ilegal, face ao direito internacional.

Lieberman, uma controversa figura da mais do que controversa política israelita, encontra-se sob investigação policial por suspeitas de corrupção. Membro do Knesset, é fundador e líder do partido Yisrael Beiteinu (Israel é a Nossa Casa),  um partido na linha de Zev Jabotinsky, criador do Sionismo Revisionista. A base eleitoral de Lieberman são os imigrantes da antiga União Soviética, embora o partido pretenda aliciar, com as suas propostas políticas, outras faixas da população. O seu programa inclui a redefinição das fronteiras da Cisjordânia, por troca de terrenos, e a expulsão de todos os cidadãos israelitas árabes que não assinem um compromisso de lealdade em relação a Israel.

Considerado como neo-fascista, gangster, racista, demagogo, anti-árabe, etc., não só internacionalmente mas inclusive por uma parte dos israelitas, este indivíduo foi convidado por Benjamin Netanyahu, como nº 2 e titular das relações externas do actual governo.

A sua súbita visita a Portugal, onde será recebido pelo presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, está a suscitar a maior polémica e inclui-se no périplo que vem efectuando por diversas capitais, decorrente das preocupações com que o Estado Sionista se vê confrontado não só pelo reconhecimento sucessivo do Estado Palestiniano por muitos países mas igualmente por causa dos recentes acontecimentos no Mundo Árabe.

Apesar de se efectuar de forma quase clandestina, a visita de Lieberman a Portugal e os seus contactos com algumas das mais altas figuras do Estado merece o vivo repúdio de diversas forças políticas nacionais e das organizações que defendem os direitos do Povo Palestiniano.

1 comentário:

Anónimo disse...

Israel vai-se ver à rasca com o incêndio no Médio Oriente, especialmente por causa dos seus aliados Egipto e Jordânia