terça-feira, 25 de janeiro de 2011

MANIFESTAÇÕES NO EGIPTO


Milhares de pessoas manifestaram-se hoje no Cairo e um pouco por todo o Egipto, pedindo a renúncia do presidente Hosni Mubarak, que governa o país há 30 anos.

Registaram-se violentos confrontos entre a população e a polícia, de que resultaram dois manifestantes mortos (na cidade de Suez) e um polícia morto (no Cairo). Há um número indeterminado de feridos. As forças policiais utilizaram gás lacrimogéneo ao que os manifestantes replicaram arremessando pedras. No Cairo, a principal concentração teve lugar na praça At-Tahrir (Da Libertação), onde se encontra o Museu Nacional, o Hotel Hilton, a Universidade Americana e um famoso edifício gigante (Mugama)  que Nasser mandou construir para nele albergar todos os ministérios mas onde hoje apenas funciona parte da administração.

A maioria da população egípcia, que vive num estado de grande pobreza e repressão, invocou o precedente tunisino que levou à fuga de Ben Ali para exigir a partida de Mubarak. Os Irmãos Muçulmanos e o partido laico Wafd (Delegação), não se associaram oficialmente a estas manifestações de protesto mas recomendaram a participação dos seus militantes. O ministro egípcio do Interior, Habib al-Adli. garantiu que as forças da ordem enfrentarão qualquer ameaça contra a segurança da população, uma afirmação um pouco inconsequente, já que é a própria população que se está a manifestar.

Uma rebelião violenta da população egípcia (80 milhões) provocará a desestabilização total do Médio Oriente, com consequências imprevisíveis.

1 comentário:

Anónimo disse...

As manifestações no Egipto estão para lavar e durar.