terça-feira, 18 de janeiro de 2011

EGIPTO E MAURITÂNIA - IMOLAÇÕES PELO FOGO

Na sequência das imolações pelo fogo na Tunísia e na Argélia, repete-se o episódio no Egipto e na Mauritânia.


Em frente do Parlamento do Cairo, Abdo Abdelmoneim, proprietário de um restaurante em Qantara, junto ao canal de Suez, regou-se com gasolina e lançou fogo às roupas para protestar por não ter recebido coupons para comprar pão para o seu restaurante. Impedido pela polícia de consumar o acto, foi conduzido ao hospital.


Também na Mauritânia, perto do palácio presidencial de Nouakchott, Yacoub Ould Daoud, indignado com a situação política do país, imolou-se pelo fogo dentro da sua viatura, tendo sido evacuado pela polícia e levado ao hospital.

Assim, o exemplo da Tunísia está a frutificar no norte de África, onde cresce o descontentamento contra os regimes vigentes. Na Argélia, onde há dias um homem igualmente se imolou pelo fogo, os motins entre 6 e 9 deste mês provocaram já 5 mortos e 800 feridos. Depois da fuga de Ben Ali, os manifestantes pedem agora a saída dos presidentes Bouteflika, da Argélia, e Mubarak, do Egipto. E também do presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz.

Um autêntico tremor de terra abala todo o mundo árabe. Dirigentes de vários países começam a adoptar medidas para evitar que alastre a contestação generalizada à maior parte dos actuais regimes.

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