O primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, ladeado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Fouad Mebazaa e pelo presidente da Câmara dos Conselheiros (Senado), Abdallah Kallal |
Segundo notícias de última hora, o presidente Zine El Abidine Ben Ali (como se esperava e os manifestantes exigiam) abandonou a Tunísia, num avião que penetrou no espaço aéreo de Malta, ignorando-se o destino definitivo, provavelmente a França.
Nos termos constitucionais, o primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi assumiu interinamente a presidência da República, comprometendo-se a respeitar a Constituição.
A saída de Ben Ali era a única solução para a pacificação do país, verdadeiramente em pé de guerra desde há alguns dias, aguardando-se com expectativa a evolução da situação nas próximas horas.
Os acontecimentos na Tunísia são observados com a a maior preocupação nos países norte-africanos, onde, como escrevemos no dia 5 deste mês, se têm registado confrontos e existe um clima de elevada tensão social que poderá evoluir para uma situação idêntica à que se verifica agora naquele país do Maghreb. Também nas capitais europeias, nomeadamente em Paris (onde Sarkozy convocou o primeiro-ministro Fillon para uma reunião de emergência no Eliseu) se seguem os factos com a maior atenção.
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