Um manifestante com um cartaz em frente do edifício da Comissão de Inquérito |
A Comissão de Inquérito à participação da Grã-Bretanha na Guerra do Iraque, presidida por Sir John Chilcot, ouviu ontem pela segunda vez o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, mundialmente considerado como criminoso de guerra.
Blair lamentou a perda de vidas no conflito, o que provocou na sala sonoros murmúrios de "demasiado tarde", tendo afirmado que havia garantido a Bush, um ano antes da invasão, que os Estados Unidos teriam o apoio da Grã-Bretanha. Afirmou também que já era tempo de deixar de se "pedir desculpa" pela invasão do Iraque e que ignorou o parecer (negativo) do procurador-geral Lord Goldsmith, cuja opinião não tinha a obrigação de transmitir a George Bush. Acusou ainda o Irão de encorajar o terrorismo e salientou a ausência de resultados da política do presidente Obama em relação a Teerão, voltando a repetir que o mundo é um ligar melhor sem Saddam Hussein.
(Imagem publicada no blogue "We Have Kaos In The Garden) |
Junto ao Queen Elizabeth Hall, frente ao Parlamento britânico, onde funciona a Comissão de Inquérito, uma multidão de actores, membros do parlamento, de organizações contra a guerra, de familiares dos soldados ingleses mortos no Iraque e de muitos populares manifestou-se contra Blair e queixou-se por ele ter chegado de madrugada para evitar os seus protestos.
1 comentário:
Afinal talvez nem tudo seja mau na "Pérfida Albion",e as livres e diversas manifestações próprias dos regimes democráticos talvez não sejam de rejeitar...
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