A RTP 2 apresentou ontem, às 19.30 h, em transmissão directa da RaiUno, o 1º acto da ópera Rigoletto, de Verdi. Trata-se de uma produção especial, agendada para 138 países, em que a ópera é pela primeira vez filmada nos locais próprios, isto é na própria cidade de Mântua: no Palazzo Ducale, no Palazzo Te e na Casa de Sparafucile.
O 2º e o 3º actos serão transmitidos hoje, também em directo pela RTP 2, às 13 h e ás 22.30 h, respectivamente, correspondendo à hora em que a acção decorre na ópera.
São intérpretes nos principais papéis Placido Domingo (em Rigoletto), Julia Novikova (em Gilda), Vittorio Grigolo (em Duque de Mântua), Ruggero Raimondi (em Sparafucile) e Nino Surguladze (em Maddalena). À frente da Orchestra Sinfonica Nazionale della RAI está o maestro Zubin Mehta. A realização é do cineasta Marco Bellocchio.
Nesta produção, Placido Domingo reaparece com a sua voz inicial de barítono (já este ano cantara o papel de Simon Boccanegra), interpretando o protagonista, depois de uma carreira operática mundial como tenor. A russa Julia Novikova é uma bela e vocalmente excelente Gilda. O jovem Vittorio Grigolo, que já vimos noutros espectáculos, tanto canta como encanta. Ruggero Raimondi, um dos maiores barítonos/baixos do último quartel do século passado, reaparece no pequeno mas não despiciendo papel de Sparafucile. A georgiana Nino Surguladze é uma convincente Maddalena.
3 comentários:
Este Blair tem continuado a dizer que o mundo está melhor sem Saddam; estaria melhor era sem ele (Blair)!
Um grande espectáculo televisivo que vou acompanhar até ao fim, e espero comprar o dvd logo que saia.
Uma excelente iniciativa,e o facto de 148 países se terem interessado em retransmitir anima-nos a não desesperar totalmente da Humanidade... Para mim a grande revelação é o soprano Novikova,que exibiu uma notável beleza de timbre,expressividade e controle vocal. O rapaz(perdão,o Duque) esteve bem, o Plácido teve uma boa prestação teatral,mas todos sabemos(ele tambem,suponho)que não é um verdadeiro barítono. Mas se continua a escurecer a voz, ainda nos arriscamos a vê-lo no Grande Inquisidor,ou no Boris... A propósito de barítonos, apelo ao autor do blogue e aos seus leitores que não deixem de ler o magnífico artigo do (por vezes controverso) Jorge Calado no Expresso de hoje sobre uma nova edição consagrada ao Gobbi. Subscrevo na integra,nomeadamente a conclusão.
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