quinta-feira, 20 de outubro de 2011
A SITUAÇÃO NA GRÉCIA
O dia de ontem em Atenas e nas principais cidades gregas foi de violentos confrontos entre manifestantes e forças da ordem de que resultaram numerosos feridos. Começou a ser discutido no Parlamento o novo pacote de medidas de austeridade que reduzirão ainda mais o já encolhido orçamento familiar dos cidadãos. Escrevo cidadãos por hábito, na medida em que o direito de cidadania parece ter desaparecido da Nação Helénica, tradicionalmente chamada a Mãe da Democracia.
Creio que muitos gregos, não todos e nem sempre, terão sido perdulários durante vários anos, mas creio também firmemente que a grande responsabilidade cabe à classe política grega e seus apêndices, que desgovernou o país e se governou a ela, desde a introdução do euro como moeda nacional.
A Grécia foi ontem e será novamente hoje (dia da votação definitiva no Parlamento das novas restrições) paralisada pela maior greve geral de que há memória.
O Conselho Europeu reunir-se-á numa Cimeira no próximo dia 23, para discutir as medidas de urgência a adoptar para salvar a União e o euro. Se esse objectivo não for atingido, o alastrar da crise conduzirá fatalmente ao colapso da Europa, com o cortejo subsequente de desgraças individuais e colectivas, tumultos, insurreições e, finalmente, ao que muitos parecem desejar: uma Terceira Guerra Mundial.
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