sábado, 22 de outubro de 2011

POLÍCIAS E MILITARES CONTRA O GOVERNO


As medidas de austeridade iniciadas com o governo de Sócrates e agora dramaticamente agravadas pelo actual governo de Passos Coelho, estão a provocar a maior apreensão e angústia entre os portugueses, que embora se apercebam da situação a que uma governação irresponsável conduziu o país nas últimas décadas, não conseguem entender que não existam alternativas para medidas tão violentas, nem que os responsáveis (inúmeros) por esta tragédia que se abateu sobre as suas cabeças continuem imunes, ricos e tranquilos.

As próprias forças a quem incumbe a defesa da Pátria e a manutenção da ordem pública também manifestaram já o seu descontentamento.

Assim, no passado dia 14, numerosos elementos da Unidade Especial de Polícia da PSP [que engloba o Corpo de Intervenção, o Grupo de Operações Especiais (GOE), o Corpo de Segurança Especial, o Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo e o Grupo Operacional Cinotécnico] , vestidos de preto, desfilaram desde o seu Quartel, na Ajuda, até ao Palácio de Belém, a fim de entregarem ao Presidente da República um memorando com as suas reivindicações.

Também centenas de militares (oficiais, sargentos e praças) das Forças Armadas, reunidos hoje em Lisboa, convocaram uma manifestação para o próximo dia 12 de Novembro, no Rossio, a fim de protestarem contra as "duríssimas medidas" impostas ao País e às Forças Armadas. Os descontentes marcharão depois até ao Terreiro do Paço, aonde se concentrarão em frente do Ministério das Finanças.

A intranquilidade atinge todos, mas é mais preocupante quando os intranquilos têm as armas na mão.

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