sexta-feira, 30 de julho de 2010

ANTÓNIO FEIO


Morreu a noite passada, no Hospital da Luz, onde se encontrava internado, o actor e encenador António Feio. Natural de Moçambique (1954), cedo se revelou a sua vocação teatral. Conheci-o em 1966, quando se estreou no Teatro Experimental de Cascais, apenas com 11 anos, pela mão de Carlos Avilez, como protagonista da peça Mar, de Miguel Torga. Acompanhei a sua carreira, onde se distinguiu, nomeadamente no registo cómico, integrando, com José Pedro Gomes, a dupla "Conversa da Treta". A sua encenação e interpretação da peça O que diz Molero, de Dinis Machado, no Teatro Nacional D. Maria II, constituiu um assinalável êxito. Também na rádio e na televisão foi uma presença assídua e tonificante, na estagnação cultural portuguesa.

Vítima de um cancro, António Feio é uma figura que desaparece quando havia ainda muito a esperar das suas capacidades como escritor e intérprete de textos, onde a crítica certeira e actual era uma constante saudável.

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