segunda-feira, 29 de novembro de 2010

REVELAÇÕES DA WIKILEAKS


Toda a gente sabe que as embaixadas dos Estados Unidos são verdadeiros centros de espionagem. Aliás, como a maior parte das embaixadas, especialmente as das grandes potências. Normalmente as informações confinam-se à discrição alcatifada e silenciosa dos gabinetes. Mas agora, que a organização internacional WikiLeaks, sediada na Suécia, colocou na net 250.000 mensagens trocadas entre as representações diplomáticas americanas e o Departamento de Estado, instalou-se o pânico.

As comunicações divulgadas referem-se ao desejo expresso do rei da Arábia Saudita (um país artificial criado pelos Estados Unidos) e de outros dirigentes árabes no sentido dos EUA bombardearem o Irão, ao apoio americano ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, às tentativas de isolamento de Chávez, ao perscrutar da possível agenda islamista de Erdogan, à inquirição sobre as atitudes da Coreia do Norte, à devassa da vida particular de governantes como Sarkozy, Merkel, Berlusconi, Putin, Medved, Khadafi, e até do secretário-geral da ONU, Ban-Ki-Moon.

Tudo com abundância de pormenores, como a utilização dos cartões de crédito dos visados, os seus horários, os seus voos, a sua vida sexual. Nada escapa ao olhar atento de Hillary Clinton, como de certo não lhe haviam escapado em tempos as escapadelas do marido. A indignação não foi mais do que uma comédia.

Aguardam-se, desta novela, os próximos episódios.

1 comentário:

Anónimo disse...

parece que este caso ainda vai dar muito que falar. Ou terá sido tudo uma combinação entre eles???????