quarta-feira, 30 de março de 2011

ASSAD FALOU AOS SÍRIOS



O presidente sírio Bachar Al-Assad dirigiu-se hoje aos seus compatriotas, a partir do Parlamento, na primeira alocução ao país depois das manifestações iniciadas há uma semana, e que provocaram violentos confrontos, especialmente na cidade de Dara'a.

Ao contrário do que se esperava, Assad não anunciou o levantamento do estado de emergência, que vigora no país desde 1963, nem anunciou reformas políticas concretas, preferindo denunciar que a contestação que se verifica é produto de uma conspiração vinda do estrangeiro

A única novidade foi Assad ter aceite a demissão do governo que será substituído por outro a nomear possivelmente amanhã.

Em Damasco, realizou-se uma grande manifestação pró-Assad onde foi entoado o slogan "Deus, Síria, Bachar", ao que o presidente contrapôs "Deus, Síria, Povo". Uma evocação dos contestatários que têm gritado "Deus, Síria, Liberdade".

Aguarda-se a reacção da população na próxima sexta-feira, depois das oração nas mesquitas. No entanto, a Síria (que Bush, na sua estupidez infinita e ignorância absoluta, classificou como um dos países incluídos no "Eixo do Mal") é um caso particular no mundo árabe, dado o número de confissões religiosas (cerca de 20) professadas no país, e logo de interesses políticos e sociais existentes. Uma revolução na Síria desequilibraria definitivamente a situação não só no mundo árabe mas em todo o Mediterrâneo. 

1 comentário:

Anónimo disse...

A Síria é um país encantador; espera-se que nela ocorra uma pacífica transição ou uma adaptação do actual regime a situações novas.