domingo, 13 de março de 2011

AS CONFRONTAÇÕES PROSSEGUEM

A agitação que se verifica no mundo árabo-islâmico (e não só) conhece diariamente novos episódios e evolui a uma velocidade vertiginosa.

Vejamos:


Na quinta-feira, dia 10, muitas centenas de pessoas desfilaram na Arábia Saudita, especialmente na cidade de Qatif, pedindo a libertação de presos políticos. A polícia abriu fogo sobre os manifestantes, registando-se alguns feridos. Na sexta-feira, dia 11, um protesto (Dia de Raiva) convocado pelo facebook, reuniu mais de 30.000 apoiantes em Riyadh. O governo saudita mobilizou à volta de 10.000 soldados para controlar as manifestações.


Hoje, no Bahrein, a polícia atacou, pela primeira vez, os manifestantes que se encontram acampados na Praça das Pérolas, em Manama, e que contestam o governo e a monarquia reinante, resultando dos confrontos várias dezenas de feridos


Também hoje em Casablanca, no Marrocos, ficaram feridas, algumas com gravidade, dezenas de pessoas, após a polícia ter tentado entrar na sede de um partido político de esquerda onde alguns  manifestantes se haviam refugiado, depois de terem sido impedidos de aceder a Praça Mohammed V.


Na Tunísia, sexta e sábado, dias 11 e 12, violentos confrontos em Metlaoui, provocaram dois mortos e dezenas de feridos, tendo sido imposto o recolher obrigatório.


Ontem, no Iémen, a polícia lançou um ataque contra os manifestantes acampados na Praça da Universidade,  em Sanaa, de que resultaram cinco mortos (entre os quais um estudante de 12 anos) e 300 feridos: Além da capital houve confrontos em Aden e Moukalla.


Na Líbia, as tropas a soldo de Qaddafi conseguiram desalojar os insurrectos de algumas posições conquistadas, tentando agora avançar para Benghazi, por entre um cortejo de vítimas e de desolação.


Em Istambul, milhares de pessoas saíram hoje à rua em protesto contra a prisão de quatro jornalistas acusados de conspirar contra o governo turco.


Em Beirute, dezenas de milhar de libaneses manifestaram-se hoje, na Praça dos Mártires, por ocasião do 6º aniversário da revolução do Cedro, contra o arsenal militar do Hizbullah.


Prossegue, entretanto, a agitação na Argélia e verificam-se incidentes pontuais no Kuwait, no Qatar e nos Emirados Árabes Unidos.


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