sexta-feira, 15 de agosto de 2014

BILDERBERG, OUTRA VEZ




Chamam-lhes teorias da conspiração, mas é como dizia Cervantes a respeito das bruxas: "No creo en brujas, pero que las hay, las hay".


Transcrevemos o artigo publicado hoje no jornal "i":



Clube Bilderberg. Há 60 anos a mexer cordelinhos para subjugar o mundo e impor uma nova ordem



Há uma sociedade secreta e restrita, de que Francisco Pinto Balsemão faz parte, que tem um plano para dominar a Terra. O Clube Bilderberg estará a usar a ONU, o FMI e até o Vaticano para impor uma nova ordem mundial. Até lá vai fazendo o que pode, há quem fale em atentados terroristas e na promoção dos Beatles

São chamados os “senhores do mundo”. O Clube Bilderberg foi criado em Maio de 1954 na Holanda e, nas últimas décadas, recrutou os mais importantes políticos, banqueiros, donos de petrolíferas e grupos de media, influentes industriais, empresários e académicos de todo o mundo. A sociedade secreta reúne-se uma vez por ano numa conferência cuja agenda não é pública e para a qual são convidadas apenas 140 pessoas. Poucos encontros têm sido alvo de tantas tentativas de escrutínio, mas, ainda assim, pouco ou nada se sabe sobre o que acontece na Conferência Anual de Bilderberg. E o mistério, já se sabe, é o melhor aliado das teorias da conspiração.

Um jornalista lituano, Daniel Estulin, escreveu um livro polémico que garante que na realidade o clube tem um único propósito: comandar o mundo e impor uma nova ordem mundial. Enquanto não conseguem alcançar o desígnio, os líderes do Bilderberg vão tentando controlar o que podem. “A verdadeira história do Clube Bilderberg” conta como o clube mais exclusivo do mundo promoveu a ascensão dos Beatles, fez eclodir o caso Watergate e planeou o 11 de Setembro. A pouco e pouco, garante Daniel Estulin, os Bilderberg vão abrindo caminho para o seu objectivo maior: subjugar o mundo a um único governo, uma única moeda, um único exército e um só sistema judicial e de educação. Tudo com o apoio da ONU – que servirá de instrumento para conseguir o domínio completo de todas as nações.

Uma parte importante do plano passa por conseguir o comando dos países emergentes e subdesenvolvidos que detêm reservas minerais – da água ao petróleo. É aqui que entram uma série de ONG ambientalistas que no terreno vão desaculturando os povos e semeando a discórdia e a fome. “Bilderberg é a potência económica e financeira que necessita de controlar toda a alimentação. Para isto quer destruir toda a economia para poder reduzir a população mundial”, repete Daniel Estulin nas entrevistas que vai dando um pouco por todo o mundo.

O poder mundial seria composto pelos “controladores”, por agentes conscientes (partidos políticos) e por agentes inconscientes. A dominação, explica o jornalista, é feita através da ideologia e, se necessário, com recurso ao terrorismo. Da lista de controladores constam, entre outros, o FMI, o Vaticano e a OCDE. Daniel Estulin garante que estes organismos estão incumbidos de actuar no sentido de eliminar a ideia de soberania nacional e as forças armadas de cada país. Estão, portanto, ao serviço de proprietários de bancos, de multinacionais, primeiros-ministros, chefes de Estado e editores dos principais jornais do mundo.

E é assim que, nas últimas décadas, o grupo tem manipulado várias nações, apoderando-se de petróleo, vendendo armamento a países em guerra, levando à fome muitos dos países em vias de desenvolvimento. E a Igreja Católica, garante o lituano, participa activamente nesta cruzada. De tal forma que um dos principais líderes do clube será um dos superiores-gerais da Companhia de Jesus.
A vasta e perigosa investigação do jornalista sobre o restrito clube de milionários tem-lhe rendido uma série de dissabores. Recentemente, Daniel Estulin contou que é vigiado 24 horas por dia por equipas de antigos agentes especiais do KGB. E que uma mulher vestida de vermelho tentou seduzi-lo num hotel para depois se atirar de uma janela e o implicar num caso de homicídio. Antes disso, alguém já teria tentado matá-lo sabotando um elevador.


Em Portugal, só Francisco Pinto Balsemão, membro da direcção do Bilderberg, poderá confirmar se a teoria do jornalista lituano é ou não verdadeira. Coube ao dono da Impresa organizar o único encontro anual em território nacional, que decorreu debaixo de secretismo algures no concelho de Sintra em 1999. Talvez Paulo Portas e António José Seguro – convidados por Balsemão para participarem na última reunião – possam dar uma ajuda. Sabe-se que estiveram em discussão o crescimento económico e a criação de emprego nos Estados Unidos e na Europa, o nacionalismo, a guerra contra o ciberterrorismo e os desafios que o continente enfrenta (apesar de não ter estado presente qualquer líder ou personalidade de África).

Desde a década de 1950, terão passado pela conferência perto de 70 personalidades portuguesas. Em 2013, a lista de convidados incluiu o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, os ex-primeiros-ministros de Itália e de França Mario Monti e François Fillon, além dos presidentes da Amazon e da Google. Entre os 140 nomes escolhidos no ano passado, segundo se escreveu e pôde apurar, estavam apenas os de 14 mulheres. 

Outras teorias:
Maçonaria. Já foram secretos, agora são só discretos 



A versão oficial conta que os maçons apareceram no final da Idade Média, quando alguns pedreiros – que equivalem aos nossos arquitectos, engenheiros, empreiteiros e afins – decidiram começar a encontrar-se em lojas para discutir as complexidades e especificidades do ofício. Em 1717, quatro lojas juntaram-se e deram início à Grande Loja de Londres – o marco da criação da maçonaria. Com o tempo, já nos séculos xviii e xix, os encontros começaram a ser frequentados por gente influente, proveniente de todos os meandros. Os maçons foram-se espalhando pelo mundo, vestidos de aventais e controlando tudo aquilo que conseguem. Lideraram revoluções, fundaram países. Ainda hoje continuam a usar roupas pouco comuns e as reuniões são feitas em espaços com uma decoração um bocado para o esquisita – com símbolos milenares, colunas gregas e imagens de sóis e luas. Os “irmãos” comprometem-se a ajudar-se uns aos outros nas várias áreas em que actuam. São formadores de opinião e tudo o que acontece na loja maçónica – incluindo os misteriosos rituais de iniciação – fica na loja maçónica. Ou não. 

Os Illuminati. 13 famílias no topo de uma pirâmide satânica 

 

São Illuminati porque se consideram iluminados. Há uma pirâmide, como em todas as sociedades secretas, mas esta é comandada por 13 famílias – de que fazem parte banqueiros e empresários influentes, além de personalidades como Obama ou George W. Bush. Ninguém dá por isso, mas o grupo  – que, garantem alguns, é satânico – comanda o mundo. A importância dos discípulos de Satanás é de tal ordem nos Estados Unidos que a bandeira da América tem 13 linhas horizontais (esta parte é mesmo a sério) e o mesmo olho de Lúcifer que aparece no topo da pirâmide do “logótipo” da sociedade secreta está também estampada nas notas de um dólar. O pior inimigo dos Illuminati é, obviamente, a Igreja Católica. Mas pelo meio vão atingindo outros alvos. É-lhes atribuída responsabilidade na morte da princesa Diana e nos atentados do 11 de Setembro. “De todas as sociedades secretas que pesquisei, os Illuminati são de longe a mais vil”, diz a americana Sylvia Browne, autora do livro “As Sociedades Secretas Mais Perversas da História”. “Embora 75% do que se diz sobre eles seja especulação, preocupa-me os outros 25%.” 

Ordo Templi Orientis. Ou a secreta adoração do pénis 



A organização Ordo Templi Orientis (OTO) apareceu no início do século xx e ainda continua por aí. Os seguidores acreditam numa “nova era de princípios e práticas esotéricas em que os seres humanos alcançam o conhecimento total sobre a sua própria identidade.” Aleister Crowley, o famoso ocultista, sistematizou boa parte das crenças do grupo e escreveu o manifesto “Mysteria Mystica Maxima”. O mote da OTO, “faz o que tu quiseres, esta será a lei”, tornou-se popular. A seguir à morte de Crowley, o movimento perdeu influência, embora ainda conte com seguidores nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outros países da Europa. Conta-se que o grupo defende práticas e crenças bizarras, entre as quais a fixação pelo sexo. A Ordo Templo Orientis tem até um conjunto de ensinamentos escritos sobre a “adoração do falo” e a “magia” da masturbação. Em 1969, membros da grupo  acabaram sentados no banco dos réus e foram condenado por abuso de menores e de tortura. A OTO está dividida em 11 graus e três círculos: externo, interno e secreto. Um dos estágios chama-se “bebé do abismo”.

POIS!

1 comentário:

Zephyrus disse...

Há umas semanas fui visitado por dois membros das Testemunhas de Jeová. Abri a porta e fui confrontado com um convite para uma conferência, a realizar nos arredores do Porto, com o tema «Quem governará o mundo». Parece que acreditam, e divulgam, que um homem especial será escolhido por inspiração divina para governar o planeta, no âmbito de um Governo Mundial.

Achei o facto curioso, e passo a explicar as razões. As Testemunhas de Jeová são uma igreja fundada por um membro da Maçonaria com conhecimentos esotéricos. Jordan Maxwell, que dedicou toda a sua vida ao estudo das sociedades secretas, afirmava que a função desta Igreja seria a de preparar as massas para um Governo global e para um «Messias» que governaria o planeta, debaixo de inspiração divina.

A Igreja Mórmon também foi fundada por um membro da maçonaria com conhecimentos esotéricos. O edifício religioso que têm em Salt Lake City está repleto de símbologia esotérica.

Como sucede em todas as religiões, os membros das Testemunhas de Jeová e da Igreja Mórmon apenas contactam com a vertente dita exotérica, ficando a «verdade oculta» apenas acessível a uma pequena minoria que controla estas igrejas na sombra.

A Cientologia também tem uma história curiosa...