A ofensiva israelita contra Gaza atinge proporções inimagináveis, mesmo para quem esteja habituado à violência do Estado Judaico contra os territórios palestinianos. Já tivéramos uma primeira demonstração com a operação Chumbo Derretido, em 2008. O ataque dos últimos dias confirma a natureza criminosa das opções dos dirigentes sionistas.
Não parece, contudo, que a chamada comunidade internacional se revele incomodada com este facto. Nem se ouvem vozes poderosas a clamar contra o morticínio a que se assiste na minúscula região mais densamente povoada do mundo.
Israel e os judeus em geral, que evocam permanente e sistematicamente as perseguições do regime nazi, vão carecendo de autoridade moral para denunciar o que classificam de genocídio perante a barbaridade dos actos que praticam. Eu sei que nem todos os judeus partilham da visão sanguinária do governo sionista e que, mesmo dentro de Israel, há algumas vozes, poucas, que se erguem contra o horrendo crime. Mas nada parece deter o governo de Benjamin Netanyahu.
A única questão que neste momento se coloca face à progressiva aniquilação do povo palestiniano é a seguinte: Até quando?
Sabemos que os países se regem não por princípios mas por interesses. Todavia, e considerando todas as tomadas de posição internacionais das últimas décadas sobre o primado do direito nas relações entre os povos, ocorre perguntar se a dita comunidade internacional - e, em especial, os Estados Unidos da América - poderá permanecer indiferente a este inominável crime sem alienar definitivamente qualquer pretensão de autoridade jurídica a nível planetário.
1 comentário:
Até quando? Receio bem que até que não fique um único palestiniano na Palestina, o que, ao ritmo que a coisa progride, não deve demorar muito. É que com a sistemática destruição de todas as infraestruturas, vias de comunicação, hospitais, isolamento, etc. é expectável que dentro em breve nem será preciso que Israel lance nem mais um missil ou dispare nem mais um tiro para que a fome, os mortos na rua, a falta de água, saneamento, assistência médica, doenças, exaustão, etc. matem os que restam.
Os Estados Unidos não estão indiferentes. Isso queria o povo palestiniano.... Os Estados Unidos estão firmemente do lado de Israel, com uma ou outra manobra de distracção.
V
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