Perante graves distúrbios em Teerão e noutras cidades do Irão, o Guia Supremo, o Ayatollah Ali Khamenei aceitou que se abrissem investigações para verificar da existência de fraudes no acto eleitoral para a Presidência da República. Indicavam as sondagens (mas serão de fiar, no Irão como em Portugal ?) a vitória de Ahmadinejad, mas por uma percentagem muito inferior à oficialmente declarada e que conduziria sempre à realização de uma segunda volta.
As manifestações que agora se verificam fazem lembrar as que provocaram a queda do Xá, mas na realidade são diferentes e, de momento, nada indica o desmoronamento da teocracia iraniana. Contudo, e porque os tempos são outros e os acontecimentos mediatizados e as comunicações mais fáceis, a juventude, que constitui uma elevada percentagem da população, estará certamente farta dos rigores islâmicos e dos polícias que se ocupam da virtude alheia, que não da própria, presume-se! Para além da contestação à política interna (e externa) de Ahmadinejad, com a situação económica a deteriorar-se e a corrupção (lá como cá e um pouco por todo o lado, instalada) há uma contestação ao controle da vida privada, insuportável sobretudo para os jovens.
Este regime, a manter-se, terá de liberalizar um pouco os costumes. Se não o fizer, se pelo contrário acentuar a vigilância dos bassijis, então prevejo que não durará muito tempo.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
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1 comentário:
Sim,mas não são só os "costumes" que suponho preocupam os jovens (e não só) iranianos. Devem querer ver,ouvir,ler o que se passa no resto do mundo,escolher com mais diversidade quem os governa,etc. Ou seja,terem alguma liberdade, que é um valor a que estes textos poderiam dar mais alguma atenção...
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