quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O CONFLITO NA SÍRIA




Neste primeiro dia do ano de 2014, fazemos votos para que o conflito que se desenrola há três anos na Síria, com centenas de milhar de mortos, feridos, estropiados, desalojados, emigrados, perdidos no turbilhão que tudo arrasa, possa ter um rápido fim.

Não sabemos se as próximas conversações de Génève, a iniciar em 22 deste mês, alcançarão o resultado pretendido, num país em que a longa duração da guerra tem antagonizado os seus habitantes. Impõe-se, todavia, uma solução. Não a invasão demencial projectada pelos Estados Unidos, a França, o Reino Unido e outros, mas a intervenção internacional e imparcial, que não tome o partido dos revoltosos contra um regime que conta ainda com o apoio de mais de metade da população que resta.

O que se tem verificado na Síria, sede de antiquíssimas civilizações, é uma vergonha para o mundo dito livre.

 É tempo de pôr fim a uma das maiores tragédias contemporâneas. É a hora!

2 comentários:

Anónimo disse...

Tem que haver cedências de ambas as partes. O regime de Assad não pode manter-se intransigente a qualquer custo.
José Amador

Blogue de Júlio de Magalhães disse...

Claro que tem de haver cedências mútuas. Mas também é um facto que só Assad poderá garantir uma transição, não os oposicionistas laicos, que são minoritários, nem os jihadistas, que pretendem impor um estado islâmico. A maioria da população que ainda resta é favorável à manutenção de Assad, isso eu sei, apesar de todas as atrocidades cometidas de ambos os lados. As piores guerras são as guerras civis, que deixam profundas e duradouras feridas entre irmãos. Impõe-se uma reconciliação nacional, tarefa certamente difícil, até pela diversidade de etnias e credos. Será porventura necessária uma missão de paz, em termos que sejam aceites por todos. Aguardemos com alguma esperança.