O presidente Barack Obama anunciou hoje ao mundo que Osama Bin Laden fora morto pelas forças especiais norte-americanas. O presumível chefe da Al-Qaeda, que viveria num luxuoso condomínio privado na cidade de Abbottabad, perto de Islamabad, foi abatido por tropas comandos transportadas em helicópteros após alguns minutos de luta.
A televisão paquistanesa difundiu uma imagem do cadáver de Bin Laden que especialistas na matéria, nomeadamente da France-Presse, declararam já tratar-se de uma foto-montagem. Segundo as informações disponíveis, Bin Laden foi sepultado, em lugar oculto, no mar. Não haverá, pois, a possibilidade de confirmar se Bin Laden morreu realmente agora, se já estava morto há muito tempo (só agora se divulgando a notícia por motivos políticos) ou se continua vivo.
Não deverá esquecer-se que Osama Bin Laden foi agente da CIA, tendo ajudado consideravelmente os americanos a expulsar os soviéticos do Afeganistão. Mais tarde, segundo George W. Bush, fundou a rede terrorista Al-Qaeda, responsável por muitos atentados, entre os quais os ataques a Nova-Iorque e Washington, em 11 de Setembro de 2001. Aliás, esses ataques justificaram a invasão do Afeganistão, tendo sido lançada uma campanha internacional para a sua captura nas montanhas daquele país. Durante dez anos não foi, curiosamente encontrado, talvez por viver tranquilamente no Paquistão como um respeitável burguês.
Os Estados Unidos e os seus aliados invadiram depois o Iraque, por causa das armas de destruição maciça, que afinal não existiam, e para combaterem a Al-Qaeda, da qual, ao que parece, Saddam Hussein era um inimigo.
Talvez devamos acreditar que Osama Bin Laden foi realmente morto hoje, porque, como dizia Salazar, "em política, o que parece é". Mas não poderemos abstrair das muitas dúvidas que se levantaram e continuam a pairar sobre a verdadeira natureza da Al-Qaeda, sobre a realização dos atentados de 11 de Setembro (que efectivamente aconteceram, pelo menos no desmoronamento das torres de Nova-Iorque), sobre os inúmeros acontecimentos verificados ao longo da década passada e que justificaram depois outras oportunas respostas por parte do chamado Ocidente.
Dizem hoje alguns que o mundo ficou mais seguro; outros, ao contrário, que se tornou mais perigoso, pois existe o perigo de graves retaliações por parte das células da rede terrorista chefiada pelo morto.
Só os próximos capítulos desta história poderão lançar alguma luz sobre os acontecimentos, designadamente quando se verifica uma generalizada insurreição no mundo árabe que Bin Laden, segundo afirmações que lhe são atribuídas, pretenderia transformar num novo califado.
Aguardemos, pois.
NOTA: Para os interessados, o jornal Guardian publica aqui um extenso obituário de Bin Laden.
2 comentários:
Certamente Bin Laden não morreu agora. Ou está vivo ou já morreu há muito tempo. Esta é mais uma mentira como a das armas de destruição maciça.
Pelos acontecimentos que se vão seguir ficaremos a conhecer a necessidade de se divulgar hoje esta notícia.
Inteiramente de acordo quer com o post quer com o comentário acima.
Valeria
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