Continua o bombardeamento de Gaza pelas forças armadas israelitas. Há duas semanas que esta imensa prisão a céu aberto é fustigada por toneladas de bombas que já fizeram quase mil mortos e milhares de feridos. O ambiente é de destruição total, não há comida, os hospitais mal funcionam, a água e a electricidade não chegam, mesmo as escolas são atingidas com o pretexto de esconderem armas.
Creio que o Estado Judaico desta vez está a ir longe demais. Habituado a ignorar as resoluções das Nações Unidas, forte do apoio dos EUA, Israel julga que pode fazer tudo o que quer, como é sua tradição. Assim se tem expandido desde 1948 à custa do território que na Resolução 181 da ONU era atribuído à Palestina.
A sistemática evocação das perseguições nazis tem servido para justificar todas as arbitrariedades e para rotular de anti-semita quem criticar as suas acções.
Os protestos internacionais dos últimos anos foram ignorados e as opiniões públicas estrangeiras desprezadas. Julgo, porém, que o presente ataque, apresentado até à exaustão como decorrente da quebra de umas tréguas com o Hamas cuja responsabilidade verdadeira é de Israel, acarretará pesadas consequências para o invasor. É que a comunicação e a transmissão de imagens é hoje mais fácil e a indignação mundial mais expressiva.
Mesmo um judeu (francês) como Jean Daniel, director do "Nouvel Observateur", escreve no editorial da revista desta semana: "Cette banalisation de la sanction aveugle, au nom d'une conception de la responsabilité collective, me paraìt une honteuse régression. J'ai besoin de dire que la part juive qui est en moi, dont je n'ai pas coutume de faire état et qui reste fidèle à la mémoire des victimes de l'extermination, est bouleversée d'indignation et de révolte devant une telle régression."
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
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