Segundo o PÚBLICO, o primeiro-ministro grego Lucas Papademus admitiu hoje, pela primeira vez, que o seu país pode entrar em incumprimento se as medidas de ajustamento financeiro não forem aprovadas no próximo exame da troika. Os representantes das instituições internacionais que prestam "ajuda" à Grécia, têm considerado que o plano de privatizações já levado a cabo pelo Governo não é suficientemente ambicioso e exigem mais cortes nos salários e nas pensões de reforma e uma maior flexibilização da legislação laboral, possivelmente a sua total liberalização. A declaração de bancarrota implicaria a saída da Grécia da Zona Euro e da União Europeia e desencadearia certamente uma vaga de agitação no país, facilmente comunicável aos vizinhos próximos e mais distantes.
Importa referir que as imposições do plano maquiavélico arquitectado pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, para emprestar dinheiro à Grécia, nada têm contribuído para equilibrar as contas públicas, traduzindo-se numa progressiva degradação das condições económicas e sociais do país. Este plano, igualmente aplicado, embora com algumas variantes, à Irlanda, a Portugal, à Itália, à Espanha e extensível aos outros países da Europa, tem por objectivo a pauperização das populações e a instauração de um novo esclavagismo (conforme consta de inúmeros e já publicados textos em livros e revistas), segundo instruções do governo-sombra mundial.
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