quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DANIEL BARENBOIM


Daniel Barenboim, famoso pianista e maestro argentino (e também israelita, palestiniano e espanhol, tem as quatro nacionalidades, por motivos políticos) esteve recentemente entre nós.

Apresentou-se, como pianista, em dois concertos, tendo interpretado Chopin de forma notável, concedeu ao Público (29 de Setembro) uma entrevista de referência sobre o conflito israelo-palestiniano e falou do seu livro Está Tudo Ligado - O Poder da Música, agora traduzido para português.

Embora judeu, considera Barenboim que a política prosseguida nas últimas décadas pelos sucessivos governos israelitas é criminosa em relação aos palestinianos e suicidária em relação aos próprios israelitas.

Importa ler o livro e também a entrevista para tirar as dúvidas, a quem porventura ainda as tiver, sobre o comportamento do Estado de Israel desde a sua fundação em 1948. A análise de Barenboim é de uma lucidez impressionante e, vinda de um judeu e de um homem de cultura e de elevada estatura moral, presume-se que isenta. De resto, os factos falam por si.

Numa tentativa de aproximar árabes e judeus, Barenboim criou com o falecido académico palestiniano-norte-americano Edward Saïd a West-Eastern Divan Orchestra, composta por jovens músicos, e que tem dado concertos em vários países, incluindo o célebre concerto de Ramallah, em 21 de Agosto de 2005.

Espera-se que o exemplo de Barenboim dê frutos e que outras iniciativas se sucedam, na procura da Paz.

1 comentário:

Anónimo disse...

Além de maestro e pianista Barenboim é um defensor dos direitos humanos. Mesmo sendo judeu defende os palestinianos. Bem haja.