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Numa entrevista concedida a "L'Obs" (nº 2843 - 2 a 8/5/2019), o professor Laurent Dubreuil, da Universidade Cornell (Estados Unidos), responde a algumas questões sobre o seu recente livro La Dictature des identités.
Afirma este cientista: «Quando a expressão identity politics apareceu no fim dos anos 1970, numa declaração de um colectivo de lésbicas afro-americanas, o Combahee River Collective, tratava-se de facto da emancipação das opressões sociais ligadas ao género ou à raça. Certamente, estas reivindicações exprimiam-se em nome de uma identidade, "as mulheres negras", por exemplo, mas o enfoque em torno de tais características era um meio, não um fim em si. Na configuração contemporânea, a opressão é vista como fundadora das identidades. A partir de então, a promessa de emancipação desaparece. É uma completa reviravolta.»
Laurent Dubreuil tece oportunas e pertinentes críticas a esta nova forma de ditadura, que alastra perigosamente à Europa, tendo publicado o seu livro em francês por receio das reacções nos Estados Unidos.
Esta política identitária é perigosíssima e deve merecer a nossa maior repulsa, pois conduz-nos a sermos prisioneiros de uma "tenaz identitária" em lugar de prosseguir uma verdadeira libertação no que respeita à origem, à classe social ou ao género.
Reproduzimos as duas páginas da entrevista.
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