terça-feira, 11 de março de 2014

MANIFESTO SOBRE A DÍVIDA




Um grupo de 70 personalidades, de quadrantes políticos diferentes, subscreveu um Manifesto apelando à reestruturação da dívida portuguesa. Trata-se da afirmação do óbvio, contradizendo a negação do óbvio, sustentada com insanidade por Passos Coelho, na sua caminhada alucinante com o objectivo de destruir Portugal.

É de meridiana clareza e de notória evidência que a dívida externa é impagável nas circunstâncias actuais. Os subscritores do Manifesto não propõem que não se pague a dívida, mas que ela seja reestruturada de forma responsável. Tal como o foi a da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.  É certo, que na sua obstinação no cumprimento de uma agenda ultra-neoliberal que releva de um delírio persecutório com vista à destruição do estado social, o primeiro-ministro rejeitará o teor do documento. Mas não restem dúvidas de que ele, ou o seu sucessor, serão obrigados, mais cedo ou mais tarde, a renegociar os prazos e as taxas de juro da dívida portuguesa.

O Manifesto foi assinado por figuras públicas de ideologias as mais diversas, o que consubstancia um amplo consenso nacional quanto ao caminho a seguir. Há muitas alternativas a Passos Coelho mas não existe alternativa à reestruturação.

Entre os subscritores contam-se Adriano Moreira, António Capucho, António Saraiva (CIP), Bacelar de Vasconcelos, Bagão Félix, Boaventura Sousa Santos, Bruto da Costa, Carvalho da Silva, Eduardo Paz Ferreira, Ferro Rodrigues, Francisco Louçã, Freitas do Amaral, Gomes Canotilho, Henrique Neto, João Cravinho, João Vieira Lopes (CCP) José Reis, José Silva Lopes, Luís Braga da Cruz, Manuela Arcanjo, Manuela Ferreira Leite, Ricardo Bayão Horta e Sampaio da Nóvoa.

Não há dúvida de que esta dívida não será pagável nos moldes presentes.

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