sábado, 26 de novembro de 2011

INIQUIDADE


Uma coisa é admitir que o país tem de se submeter a uma rigorosa austeridade durante os tempos mais próximos, num horizonte indefinido. Outra é aceitar que os sacrifícios que essa austeridade implica sejam exigidos de forma desproporcionada ao povo português.

O exemplo até agora mais flagrante é a suspensão do pagamento dos subsídios de Natal e de férias aos trabalhadores da função pública e aos pensionistas. Trata-se de uma medida iníqua, como até já o deu a entender o presidente da República. E Mário Soares, com o seu indesmentível faro político, alertou ainda há dias para as consequências de serem pedidos sacrifícios para além dos limites do razoável.

Parece que Passos Coelho não cede nesta matéria, em concordância com o inefável ministro Vítor Gaspar. E haveria alternativas a essa medida. Recordo que, por exemplo, Rui Rio, destacado militante social-democrata, propôs que o corte dos subsídios fosse substituído por um imposto, de igual montante de receita, aplicado sobre todos os cidadãos. Não prejudicando as metas orçamentais previstas, seria esta uma proposta de equidade. Mas o governo não aceita. E não aceita por uma razão muito simples: o que este governo pretende não é suspender o pagamento destes subsídios mas eliminá-los definitivamente do quadro das obrigações do Estado. Passos Coelho talvez não desejasse tomar esta decisão, concedo. Mas está refém das imposições de Angela Merkel e não tem coragem para se lhe opor. Admito até que Merkel não goste muito de proferir um diktat desta natureza. Mas está ela mesma refém das instâncias do Reich e, pior, do "governo mundial", assunto sobre o qual não nos debruçaremos agora. Direi tão só que o objectivo desse "governo" é a pauperização da maior parte da população do mundo, a sua redução ao esclavagismo, em detrimento de uma percentagem mínima de cidadãos, os "sábios", que passariam a governar discricionariamente o planeta.

É por isso que me aflige ver certos idiotas úteis, como o secretário-geral Seguro que, numa atitude que se não fosse trágica seria risível, veio dizer que o PS se abstinha (violentamente) na votação do próximo Orçamento de Estado, antes de apresentar quaisquer propostas ou da discussão das mesmas. De resto, as propostas posteriormente apresentadas, a medo, pelo Partido Socialista são como a pobreza envergonhada. Umas propostas que pretendem disfarçar a prévia e incondicional cedência. Como poderá o PS e o seu grupo parlamentar acompanhar o secretário-geral, sem cair na desonra? Quem faz oposição ao governo não é este PS (que acabará por ser remetido para a inutilidade e acabará nas vascas da agonia, com grande satisfação do PCP e do BE), quem se opõe mais aberta ou sibilinamente é Mário Soares e o próprio presidente da República, que apesar de um mandato pouco brilhante já se apercebeu do apocalipse que se avizinha.

Aguardemos!

1 comentário:

Asclépio disse...

De acordo com a misteriosa carta de Albert Pike, da Segunda Guerra mundial deveria resultar um estado sionista. A Terceira Guerra teria início devido às tensões entre judeus e árabes. Ninguém sabe se a dita carta foi forjada. Continha conceitos que eram desconhecidos no século XIX. E ninguém poderá jamais atestar a sua autenticidade, pois o original desapareceu. Mas o que lá estava escrito está a suceder.

Recentemente os rebeldes líbios anunciaram que ajudarão os insurgentes sírios com dinheiro e armas. Cresce a tensão entre o Irão e Israel, e Israel e a Turquia. A crise na Grécia é mais um factor a destabilizar aquela região.

Entretanto os preços dos combustíveis sobem, e a Europa tem mais a perder com essa subida que os EUA. A crise na Europa, por sua vez, prejudica a China.

A ideia de uma conspiração organizada leva à ridicularização daqueles que colocam tal hipótese. Mas é o dever do espírito sábio tudo questionar!