domingo, 26 de junho de 2011

A MORTE DE CILINHA


Passou relativamente despercebida a morte, o mês passado, de Cecília Supico Pinto (30.5.1921-25.5.2011), em vésperas de completar 90 anos. Cecília Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto - que foi casada com Luís Supico Pinto, uma figura da maior projecção no Estado Novo - desempenhou um papel de relevo no apoio às tropas portuguesas que combateram em África, durante a guerra colonial.

Conhecida popularmente como Cilinha, criou em 1961 o Movimento Nacional Feminino, de que foi a presidente, e que era uma organização de mulheres destinada a prestar apoio moral e material aos militares portugueses. Nessas funções, realizou diversas visitas a África e tornou-se mesmo uma personagem de relevo do antigo regime, chegando a exercer alguma influência política junto de Salazar.

Importa dizer-se que, para lá da apreciação que possa fazer-se da guerra colonial, o Movimento Nacional Feminino contribuiu inegavelmente para minorar as carências das tropas em combate, o que é ainda hoje atestado pelos sobreviventes do conflito ocorrido entre 1961 e 1974.

2 comentários:

Anónimo disse...

Exactamente. Era,na altura,muito apreciado esse "apoio moral e material" em todas as suas facetas.

A Raiva do Escorpião disse...

O dito "apoio moral e material" mais não era, do que umas lamechices católicas e meia dúzia de pacotes de bolachas,distribuidos por um grupo de beatas parolas ao serviço do famigerado Estado Novo...rico apoio para quem sofria horrores, ficava estropiado ou morria em plena juventude