«Leonardo, de quem não se conhece qualquer relação amorosa, foi talvez o caso mais famoso de esquerdismo.»
Sigmund Freud, Carta a Wilhelm Fliess
É com esta epígrafe que se inicia o romance de Mário Cláudio Retrato de Rapaz, publicado o ano passado, recentemente galardoado com o Grande Prémio da APE, e que só agora tive ocasião de ler.
Sabemos hoje, e Mário Cláudio certamente não o ignora, que a afirmação de Freud é falsa.
Porventura, o próprio Freud, cuja relação com o seu íntimo amigo e confidente Fliess permanece envolta em controvérsia, não desconheceria a inexactidão de asserção tão despropositada. É verdade que, em décadas passadas, foi hábito considerar que Leonardo Da Vinci, assumidamente homossexual, se comprazia tão só na admiração (e adoração) dos inúmeros e belos jovens que admitia na sua oficina como criados ou aprendizes e que, por motivos vários, não passava da contemplação ao acto. Puro engano. Nem mesmo a condenação do "pecado nefando" por parte da Igreja Romana poderia impedir a sua prática, tão usual que ela era, mormente em Florença, que Dominique Fernandez, no seu último livro, Amants d'Apollon, apelida de capital da cultura gay. A imagem que se tem feito passar de um Leonardo, velho barbudo e até sujo, indiferente aos prazeres do sexo, tem servido propósitos outros que não os da verdade histórica. E não me custa a crer que o barbudo Freud se tenha comprazido, por razões sobretudo pessoais, a sustentar, na carta que escreveu a Fliess, a tese epigrafada na obra em apreço.
Leonardo Da Vinci (presumível auto-retrato) |
Refira-se, a propósito e de passagem, que Leonardo Da Vinci foi acusado em 9 de Abril de 1476 (tinha então 24 anos) de "sodomia activa" na pessoa de Jacopo Saltarelli, de 17 anos. Segundo o processo, preciso em todos os pontos, parece ter-se tratado de uma violação colectiva, praticada por três jovens que foram presos e que, teoricamente, segundo a lei em vigor, se arriscavam à fogueira. Mas a homossexualidade estava de tal forma difundida em Florença que a pena de morte não era aplicada. Como as testemunhas não compareceram ao julgamento e como a denúncia era anónima, o tribunal civil, ao contrário dos tribunais da Inquisição, não podia condenar sem provas. Contudo, o inquérito prosseguiu, Numa nova sessão voltou a não ser possível o estabelecimento de prova, tendo o tribunal decidido, desta vez, encerrar o caso e libertar Leonardo e os seus camaradas (7 de Junho de 1476). Segundo as actas do processo, Jacopo Saltarelli, a "vítima" era um prostituto notório e é muito possível que se tenha tratado de um golpe montado pelos inimigos de Leonardo Da Vinci.
Mas regressemos a Mário Cláudio.
Autor de vasta obra, que conheço parcialmente, e que além da ficção cobre a poesia, o ensaio e o teatro, Mário Cláudio é um escritor notoriamente consagrado e foi agraciado com os principais prémios nacionais. Creio, porém, que Retrato de Rapaz excede as narrativas anteriores. E não sei se admiro mais a excelência da linguagem ou a imaginação com que reconstitui, a partir de factos históricos, a espantosa (espantosa é o termo adequado) relação entre Leonardo Da Vinci (1452-1519) e o jovem Gian Giacomo Caprotti (1480-1524), que entrou ao seu serviço com apenas dez anos, e a quem passou a chamar Salaï (carinhoso nome para um diabinho, incorrigivelmente ladrão e mentiroso, glutão e teimoso, arruaceiro e vagabundo que, mesmo após admitido ao serviço do Mestre, a cuja oficina o pai o entregara para fazer dele um homem, não deixara de continuar a prostituir-se nas ruas de Florença e de Milão). O que é um facto é que Salaï, após entrar sujo e andrajoso no estúdio e depois de um banho a que o Mestre o obrigara, e cito Mário Cláudio, «Aos dez anos, sabendo o que sabiam da vida as putas do Borghetto, foi com alegria que Giacomo ouviu esta ordem mais, carregada do condão de dissipar nele quanto temor lhe restasse, "Despe-te lá!" Despojou-se dos andrajos que voltara a enfiar a seguir ao banho, e colocou-se a três quartos, impúbere de pele branquinha, e de mão na cintura, conforme ao que supunha agradar aos que o levassem consigo.»
Salaï, por Leonardo Da Vinci |
É este rapaz, de extraordinária beleza e graciosidade, com um cabelo louro cujos caracóis lhe tombavam sobre a fronte e de penetrantes olhos azuis, que foi a grande paixão de Leonardo Da Vinci. Acompanhou o Mestre durante mais de 25 anos, em Florença, Milão, Roma e França, até 1518, quando o Mestre o devolveu definitivamente a Itália. Utilizando uma expressão bíblica, bem poderíamos dizer que ele foi o "discípulo amado". Não obstante ter surgido, em 1506, outro moço na vida de Leonardo, Francesco Melzi (1491-1570), de 15 anos, filho de aristocratas lombardos, que «at the time of Leonardo was a very beautiful and very much loved young man», segundo Giorgio Vasari (1511-1574), considerado o primeiro historiador da arte, autor de Le vite de' più eccellenti pittori, scultori e architettori, a verdade é que foi Salaï que sempre teve um lugar privilegiado no coração do Mestre.
Ao contrário de Salaï, que varria a oficina, preparava as tintas, fazia os recados e prestava outros serviços que a história propriamente não regista, e sem o qual Da Vinci não podia passar, Melzi, rapaz de estudos, organizava os papéis de Leonardo, ajudava-o não só na pintura mas nas múltiplas experiências a que o Mestre se dedicava, registando minuciosamente os trabalhos diários e por essas razões, e também por outras, óbvias, tornar-se-ia igualmente indispensável ao autor da Mona Lisa.
Aprendizes do ofício, nem Melzi, nem Salaï se distinguiriam na pintura. Melzi (il bellissimo fanciullo) teve o mérito de compilar os escritos de Leonardo, publicando o Trattato della Pittura. Salaï também não produziu qualquer verdadeira obra de arte, ainda que tenha assinado algumas pinturas com o nome de Andrea Salaï. Segundo Michel Larivière «Salaï est très beau, et Vinci a besoin d'un joli garçon auprès de lui, il le présentera durant toute sa vie comme son "élève", bien que Salaï n'ait jamais tenu un crayon ni produit une autre oeuvre d'art... que lui-même.»
São João Baptista, por Leonardo Da Vinci |
Parece não haver dúvidas que foi Salaï que serviu de modelo ao São João Baptista de Leonardo Da Vinci que se encontra hoje no Museu do Louvre. Existe um esboço com o modelo da pintura representando um jovem nu com o falo erecto, chamado o Angelo Incarnato, atribuído a Da Vinci, mas que poderá ter sido desenhado pelo próprio Salaï, para exibir a sua apreciada anatomia.
Angelo Incarnato |
O próprio Leonardo Da Vinci, que na adolescência foi discípulo de Andrea Del Verrochio (1435-1488), terá servido de modelo ao David que se encontra hoje no Museu Nacional do Bargello, em Florença.
David, por Andrea Del Verrochio |
Leonardo entrou ao serviço de Verrochio, com 14 anos, em 1466, no ano em que morreu o mestre do próprio Verrochio, o grande Donatello. Ignora-se se Leonardo terá sido amante, a exemplo dos hábitos da época (aliás pouco diferentes dos actuais), do célebre pintor, escultor, mas também ourives e arquitecto. É certo que o amante "oficial" de Verrochio foi Lorenzo Credi, seu companheiro de estúdio e, mais tarde, seu herdeiro. Mas o facto de Leonardo, que consta não ser despiciendo em jovem, ter posado como modelo do David, a ser verdade, diz alguma coisa sobre o tipo de relação que possa ter existido entre ambos. Admitido na qualidade de discepolo (aprendiz), durante os 13 anos que passou no estúdio de Verrochio Leonardo foi sucessivamente garzone (companheiro) e finalmente maestro (mestre), em 1472. Teve aí como assistentes (e talvez como amantes, dados os costumes, mas não existe confirmação, pelo menos do meu conhecimento), Lorenzo di Credi, o favorito de Verrochio e o próprio Sandro Botticelli. Ainda a trabalhar no estúdio de Verrochio, Leonardo frequentou igualmente o atelier dos irmãos Antonio e Piero Pollaiolo.
Regressando ao livro de Mário Cláudio, cuja transbordante cultura se espraia pelo texto, cumpre sublinhar a maneira como, ao longo da obra, o autor se ocupa da relação mestre/discípulo. Só alguém possuído de uma sabedoria antiga e oculta pode discorrer com propriedade sobre essa ligação, que nada tem a ver com o binómio professor/aluno, tão caro aos nossos dias. Da Universidade antiga ficaram-nos os nomes de mestres imortais, que recordamos com emoção. E o testemunho da dedicação lendária, diria mesmo da paixão dos seus discípulos. Quem é hoje mestre nas universidades dos nossos dias?
Atrevo-me a pensar que Mário Claúdio, que já passou os 70 anos, idade que permite uma lúcida retrospectiva sobre a vida, se identificou com o próprio Leonardo ao escrever este livro. Porque ele é um livro sentido (na plena acepção do termo), que implicou uma entrega absoluta, única forma de recriar convictamente para o observador actual o universo renascentista. Retrato de Rapaz vale por aquilo que diz, também pelo que sugere, e finalmente pelo que omite mas que não escapa ao leitor mais perspicaz.
Continuemos a acompanhar Mário Cláudio: Um convite inesperado a Da Vinci por parte de Giuliano Lorenzo de'Medici, irmão do papa Leão X e mais tarde duque de Nemours, para executar em Roma um programa de obras extraordinárias a empreender nos jardins do Belvedere, permitiu afastar temporariamente Salaï de Milão, suspendendo-se o clima de confrontação, e ciúme, entre este e Melzi, que vinha progressivamente ocupando nos favores do Mestre, pelos seus dotes, de corpo e de espírito, a posição do discípulo amado. Descreve o autor a opulência da corte pontifícia, tal como a imaginaria Salaï, e com abundante riqueza de pormenores uma recepção para que foram convidados pelo embaixador de Portugal, Dom Miguel da Silva, futuro bispo de Viseu e mais tarde elevado ao cardinalato por Paulo III (1539, in pectore; oficializado em1541), e na qual Salaï desempenhou adequado protagonismo.
Não resisto a transcrever um inspirado naco de prosa a propósito do ágape:
«O cardeal [na altura ainda o não era] abria os braços aos que iam entrando, muito solícito na colheita de informes sobre a a saúde de cada qual, ou na obtenção de notícias da última trica vaticana. E os cães da casa, habituados a vaguear sem qualquer disciplina, ladravam a todo o intruso que desse mostras de querer invadir-lhes o espaço vital. Pietro Aretino, o obeso poeta que pedia meças às enxúndias do próprio Santo Padre, deslocava-se vagarosamente de quadra em quadra, amparado por validos que lhe bichanavam à orelha nome e função dos hóspedes com que ia topando. E como a baleia que engolira Jonas, o profeta, arrastava-se ele até se espapaçar na chaise-percée que um fâmulo lhe achegava, e onde ao longo do serão iria esvaziando as tripas atestadas. Vinham os criados de Dom Miguel, erguendo acima da cabeça candelabros de oito velas acesas, a anunciar que se achavam franqueadas as salas de pasto, e de tempos a tempos um tinido de campainhas avisava do ingresso de novo serviço de acepipes. Foi numa dessas alturas que, um pouco de improviso, e um pouco de maneira programada, se encenou um quadro vivo que contava Salaï como protagonista, e que resultava da encomenda que o representante diplomático, e promotor da recepção, fizera ao mestre florentino, descido às margens do Tibre. Soou uma trompa rouca, descerrou-se uma cortina de damasco azul, e ali estava ele, o eterno aprendiz, acomodado sobre um rochedo, de perna traçada, e exactamente na posição dos rapazolas que pelas adjacências do Castelo de Sant'Angelo, e apoiando-se nos muros meio derruídos, ofereciam os seus préstimos, entre submissos e displicentes, a quem ia passando. O anfitrião bateu palmas, e apresentou em voz impostada aquilo que designava por Baco nos Campos de Tebas, e que consistia na pessoa do moço, mal coberta de peles de animais, e de indicador em riste, a afrontar um mistério à sua esquerda, ou a exprimir sem palavras uma infâmia inominável. O pintor manifestara já o seu engenho, ao fazer deslizar pela távola principal, e espavorindo tutti quanti, uma grossa cobra de patas, a cujo dorso havia colado com azougue umas asas escamosas que se agitavam, tudo de molde a conformar uma horrenda criatura, à qual nem sequer faltavam os cornos retorcidos, os olhos pintados, e a barbicha diabólica. Do avesso do reposteiro em que se ocultara, magicando geometrias que o distraíssem de semelhante cafarnaum, Leonardo avistou o seu protegido, encarnando o mais debochado dos deuses do Olimpo. E com um soluço na garganta, e de mão trémula, rabiscou no caderninho que retirara dos dentros de sua véstia, "Baco no, San Giovanni Battista".
Pouco depois, e tendo atravessado pátios de heras, e contornado espelhos de água gelada, entraria Leonardo numa câmara de penumbra, ao fundo da qual se divisava um altar juncado de lucernas acesas. Uma colcha vermelha suspendia-se por detrás da ara do travertino onde três pombos estrebuchavam ainda, a gotejar o sangue de uma recente imolação. Meio diluído na treva, e rindo como quem se prestasse a liturgia em que não depunha a menor das convicções, Dom Miguel da Silva ia limpando às rendas de uma toalha o curto punhal com que procedera ao sacrifício. E o mestre detectaria no lado oposto três figuras ajoelhadas, uma mulher de cabeleira ruiva, e desnudada da cintura para cima, e dois jovens clérigos, de batina desabotoada, a exibir os peitos glabros, e de jaspe, onde os mamilos se destacavam como botões de uma rosa escarlate. Dos longes da catacumba foi avançando até à luz uma figura que o pintor demoraria a identificar, mas que concluiria corresponder ao eterno discípulo. Toucado por uma peruca loura, desse louro de urina que caracterizava as putas do Trastevere, e de beiços pintados a roxo de Semana Santa, ali se plantava o seu Salai, metamorfoseado em velho, e nu por baixo da camisa transparente. Encarando os fiéis com um esgar, e oferecendo-se como um místico cordeiro demoníaco, o rapaz deixava-se acometer pelo terceto formado pela meretriz, e pelos eclesiásticos, os quais, ansiosos todos naquele cio que se tem por escada alternativa de ascensão ao Absoluto, lhe erguiam o chambre na busca do pénis túrgido, e aberrante na galdéria em que o moço se transformara. "Introibo ad altarem Dei", proclamou o embaixador Da Silva, bispo representante de Portugal, e esperou que lhe chegasse aos ouvidos a resposta canónica, "Ad Deum qui laetificat juventutem meam", balbuciada pelos que entretanto se descomandavam na devoração das vantagens do aprendiz. E na sequência do monstruoso rito irrompeu um par de valetes mascarados, arrastando cada qual o seu espelho, assente em rolamentos, que ali ficava, a reflectir o mirífico auto. Quando o génio se aproximou enfim dos actores desta cena, extinguia-se a chama das lucernas, e apenas se descortinava na fumaça que se levantara um cordeirinho muito branco, e trémulo de frio, balindo na fome do leite materno, e aguardando a lâmina que o degolasse.» (pp. 90-3)
Ainda uma, e última transcrição do livro, já que os leitores interessados no percurso de Salaï deverão adquirir a obra e deleitar-se com o texto imaginado, mas não irreal de Mário Cláudio, que para o escrever com certeza se documentou minuciosamente. Trata-se do encontro de Francisco I, rei de França, com o papa Leão X, em Bolonha, na presença de Leonardo e do eterno discípulo:
«Se o olhar de Francisco I, rei de França, pousou suavemente sobre a cabeça encanecida de Leonardo, o de Leão X, vigário de Cristo, desceria com ganância sobre os desgrenhados caracóis de Salai. Marcantonio Flaminio, um mancebo de corpo elançado, e que nos seus dezasseis anos de idade muitos tinham já por grande promessa das letras, não deixou de perceber o súbito brilho da pupila pontifícia. Ninguém duvidava do lugar que o imberbe lírico ocupava no coração, e na cama, do Santo Padre, e não faltaria por isso quem entre segredinhos, risadas e piscadelas de olho, lhe denotasse a reacção.» (p.99)
A convite de Francisco I, ávido do conhecimento do artista, Leonardo resolveu acompanhá-lo a França, onde acabaria os seus dias. Salaï regressaria a Milão, ao fim de mais de 25 anos ao serviço do Mestre, com grande alívio de Melzi, que se via assim livre do rival. Leonardo amava Melzi, não só pela sua figura e pelo seu trato, mas pela instrução e pela valia do seu trabalho como secretário particular. Qualidades que Salaï não possuía, ainda que a sua presença fosse indispensável ao artista que, em França, muito lamentou ter dispensado o azougado jovem, cuja vida atribulada prenunciava já no rosto um princípio de decadência, apesar de ainda não ter 40 anos.
O rei de França, também duque de Milão, instalara Leonardo Da Vinci na mansão de Clos Lucé, vizinha do castelo de Amboise, onde habitava o monarca. Foi-lhe prodigalizado um tratamento principesco, já que o soberano. conforme testemunho de Benvenuto Cellini, considerava o artista o homem mais notável que alguma vez existira.
Segundo um documento coevo, e quando ainda se encontravam juntos, o rei concedera uma pensão anual a Leonardo de mil escudos, 400 escudos a Melzi, então designado "aprendiz" e apenas 100 escudos a Salaï, referido como "criado".
A Morte de Leonardo Da Vinci, pelo Ingres |
Leonardo Da Vinci morreria em Clos Lucé, a 2 de Maio de 1519, segundo a tradição nos braços do próprio Francisco I, chamado apressadamente para junto do leito do moribundo perante a iminência do fatal desenlace. Foi enterrado na Capela de Saint-Hubert no Castelo de Amboise. Francesco Melzi foi o testamenteiro e principal herdeiro, recebendo o dinheiro, a biblioteca e os objectos do Mestre. Mas Salaï não foi esquecido. Ficaria com metade das vinhas de Milão, revertendo a outra metade para o criado Battista de Villanis.
Salaï casaria em 14 de Junho de 1523, com Bianca Calidiroli d'Annono, e morreria em consequência de ferimentos num duelo, sendo sepultado em Milão em 10 de Março de 1524.
Porque é já longa a extensão deste post, nada mais acrescento sobre um livro de leitura obrigatória que evoca um Homem e uma época cujo conhecimento deveria, também ele, ser obrigatório. Ao escrever Retrato de Rapaz, Mário Claudio, pela sua cultura e sensibilidade, assume-se como um homem do Renascimento.
Saúda-se ainda o facto de Mário Cláudio utilizar a antiga ortografia, sem a qual o texto resultaria diminuído.
Para quem pretenda ilustrar-se sobre a visão de Freud relativamente a Leonardo, indica-se a edição de bolso Un Souvenir d'Enfance de Léonard De Vinci, tradução para francês de Eine Kindheitserinnerung des Leonard Da Vinci, por Maria Bonaparte.
2 comentários:
Agradeço os seus posts e os livros que recomenda. É sempre um prazer visitar o seu blogue.
PARA ZEPHYRUS:
Muito obrigado pelo seu comentário. Tenho em mente alguns temas interessantes, mas nem o tempo nem a disposição permitem muitas vezes a sua concretização com a desejada rapidez.
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