quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O EXÉRCITO LIVRE DA SÍRIA


Uma explosão no centro de Damasco, perto da sede do partido Ba'ath, provocada por um carro armadilhado, provocou hoje mais de 50 mortos e centenas de feridos. A luta prosseguida pelo Exército Livre da Síria, uma organização terrorista apoiada pela Arábia Saudita e pelo Qatar, dois estados terroristas, e também mais disfarçadamente pelos Estados Unidos, por alguns países da União Europeia (entre os quais a França e o Reino Unido) e a Turquia, estados igualmente aliados a movimentos terroristas (a menos que não lhes convenha), não poupa ninguém. A chamada Coligação Nacional Síria demarcou-se do violento atentado, declarando que fora organizado por forças terroristas, mas esta "coligação" abriga no seu seio os grupos islamistas extremistas, que deveriam ter sido dizimados já há muito tempo.
 

O auto-denominado Mundo Livre, que apoiou a dita "primavera" árabe, a qual mergulhou no caos os países cujos regimes foram derrubados, não tem tido em consideração o número brutal de vítimas que tal convulsão vem originando, na esteira do apelidado "choque de civilizações", uma criação devida ao recentemente falecido académico judeu-americano Samuel Huntington, que se tornou postumamente responsável por crimes de guerra que já provocaram milhões de mortos e feridos.


Não há primaveras políticas (como os acontecimentos dos últimos dois anos demonstram à saciedade), nem a "democracia representativa" se pode exportar para países com costumes e tradições totalmente distintas das que hoje vigoram ( e sabe Deus como) no Ocidente. Só indivíduos falhos de inteligência, cultura e carácter, como George W. Bush, afirmaram pretender alargar a democracia ao Médio Oriente, quando apenas lhes interessava o petróleo, o gás natural e a instauração de um sistema económico ultra-liberal que reduzisse as populações a um estado de pauperização superior àquele em que elas já se encontravam.
 

Deve daqui extrair-se a lição que todos os movimentos actuais que apregoam um "mundo novo" são fruto de sinistras maquinações e deverão ser combatidos pelos povos com a maior determinação. O reino da abundância que os mesmos anunciam só poderão trazer no futuro, para utilizar as palavras de um odioso político britânico já falecido, sangue, suor e lágrimas.
 

Nesta guerra, que só não é verdadeiramente fratricida porque a maior parte dos combatentes anti-regime são djihadistas estrangeiros, havemos de chorar os mortos e desejar que os vivos que provocaram tal tragédia possam morrer o mais rapidamente possível.

1 comentário:

zé dos anzóis disse...

UM HORROR!!!!!!!!!!!!!!