segunda-feira, 11 de junho de 2012

ATÉ OS PINGUINS



Segundo o PÚBLICO, os pinguins são uns depravados sexuais que se entregam largamente à homossexualidade, não só entre adultos mas incluindo pederastia, violações e necrofilia.

Os hábitos sexuais dos pinguins foram descobertos por George Murray Levick, durante a sua viagem à Antártida entre 1911 e 1912. Como as conclusões a que chegou o chocaram profundamente (fora educado na hipócrita moral vitoriana), quando regressou a Inglaterra decidiu publicar apenas em grego, e em tiragem reduzida e separada, a parte relativa aos hábitos sexuais destas aves, editando em inglês os resultados gerais da expedição. Ficou, assim, ignorada durante décadas a pesquisa de Levick, a bem da decência e para sossego das famílias, como poderia escrever Jorge de Sena.

Cinquenta anos mais tarde, outros cientistas chegaram às mesmas conclusões, ignorando o trabalho pioneiro de George Levick. Até que foi agora descoberta, no Museu de História Natural de Londres, uma cópia daquela investigação, que o curador do Museu, Douglas Russell decidiu publicar no Polar Record, ultrapassadas que estão hoje, no que às aves diz respeito, as condicionantes sexuais. Aparte alguns aspectos mais datados e circunstanciais, as conclusões a que chegou George Murray Levick permanecem válidas.

Se a investigação de Levick tivesse sido divulgada à época, é bem possível que, em nome dos bons costumes, a "comunidade internacional" de então se empenhasse numa expedição para extermínio daqueles simpáticos animais.

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