«Cette nuit-là, rassemblés tous les trois autour de notre mère, nous avons pour la dernière fois fait kolkhoze.»
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Foi publicado este mês Kolkhoze, de Emmanuel Carrère (n. 1957), certamente um grande livro, grande no tamanho (cerca de 600 páginas) e grande na qualidade, uma obra em que o autor conta a história dos seus antepassados russos e georgianos, em especial de sua mãe, Hélène Carrère d'Encausse (1929-2023), que foi secretário perpétuo (no masculino) da Academia Francesa.
Este livro recorda-me outro, ainda que em registo diferente, esse roman-fleuve que é Les Bienveillantes (2006), de Jonathan Littell. Em ambos, e parcialmente, o Leste e a Ucrânia estão em pano de fundo.
Em Kolkhoze, Emmanuel Carrère conta a história da família, recuando três gerações, com destaque para si mesmo, para a mãe, para o pai, para o tio materno. E insiste que um retrato deve exprimir, na imagem, a personalidade, a época e a classe social do retratado. E na literatura também. Dada a abundância de personagens, lamenta-se que o autor não tenha incluído em apêndice a sua árvore genealógica, o que facilitaria a identificação dos ascendentes ao longo da obra, já que, antes de serem franceses, eles foram georgianos, russos, alemães e outras.
Pleno de ironia, de curiosidades, de fantasias, de recordações, talvez de arrependimentos, o livro, que não é nem um romance, nem uma biografia, nem uma autobiografia, nem um ensaio, nem uma crónica, mas tudo isso e mais, constitui em parte um ajuste de contas com a mãe, essa grande sacerdotisa da Academia Francesa, e com a paixão dela pela Rússia, essa Rússia contra a qual o autor por vezes se indigna, seja a do Império, a Soviética, ou a da actual Federação. E serve-lhe também de confessionário das suas virtudes e sobretudo dos seus vícios, das suas depressões e internamentos, das suas consultas de psicanálise, da sua condição bipolar e até dos seus jantares bem regados e "charrados", como o do restaurante Petrovitch, com Simon Sebag Montefiore (pp. 56 e 132).
Hélène Zurabichvilli, nascida apátrida em Paris, de pai georgiano e de mãe germano-russa (imigrantes), naturalizada francesa, dotada de uma vontade indomável, subiu a pulso todos os degraus da hierarquia cultural e social da França. A sua morte foi evocada solenemente nos Invalides, com honras militares, a presença da nomenclatura cultural, política e social e um discurso do presidente Emmanuel Macron: «Et maintenant c'est à vous, vous la petite-fille des steppes et la mère de la Coupole, l'apatride et la matriarche, l'orpheline et la tsarine, que la France endeuillée présente une dernière fois ses hommages. Vive la République! Vive la France!»
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| Hélène Carrère d'Encausse |
As relações de Emmanuel Carrère com a mãe, a quem aliás amava, nem sempre foram as melhores. Por um lado, o afastamento dela do marido, Louis Carrère d'Encausse (desde muito cedo passaram a fazer leitos separados), da classe média francesa, funcionário de uma seguradora e que sempre se reviu na ascendência da mulher, causava-lhe (ao filho) tristeza. Por outro lado, o fascínio da mãe pelo mundo eslavo, e em especial pela Rússia, Vladimir Putin incluído, menosprezando a sua ascendência georgiana, indignava-o. Houve também um caso que motivou a que estivessem dois anos sem se falar. Em 2007, Carrère publicou Un roman russe, onde narra aspectos da vida familiar, entre os quais o facto de seu avô, Georges Zurabichvilli (pai da mãe) ter desaparecido em Bordéus (onde a família se refugiara) em 1944 aquando da libertação da França da ocupação nazi. Georges terá tido contactos com os alemães, embora nada indique que tenha sido um colaboracionista. Mas admite-se que tenha sido fuzilado por elementos da Resistência. Hélène sempre ocultou as circunstâncias da morte do pai e foi Nicolas (irmão de Hélène) quem contou ao sobrinho esse e outros episódios da história da família. A profunda ligação de Emmanuel ao seu tio Nicolas provocou sempre em Hélène um profundo ciúme.
Por curiosidade, cito da página 272 uma referência de Carrère a alguns dos seus companheiros de infância, um dos quais se chamava Dos Santos, não deixando o autor de mencionar (dont la maman était concierge). Sabemos que muitas das emigrantes portuguesas foram "concierges" de prédios francesas.
Importa mencionar que o célebre orientalista francês o judeu-russo marxista Maxime Rodinson, que orientou a tese de doutoramento de Hélène, manteve por ela uma clara paixão a que esta nunca cedeu. Mas ele constituiu sempre para a futura secretário perpétuo da Academia Francesa uma referência e uma amizade e frequentou a sua casa. Nunca tendo sido comunista, Emmanuel afirma que sua mãe foi influenciada pelo raciocínio marxista, que a acompanhou durante toda a vida.
Tendo vivido separada do marido (na prática que não oficialmente), Hélène chegou a ter um amante, um embaixador francês que pretendeu que ela abandonasse marido e filhos para viver com ele, o que ela, naturalmente recusou. Era uma opção que não se compaginava com o seu estilo de vida. Também Louis Carrère d'Encausse teve, secretamente e por escasso tempo, uma amante. Quando descobriu o caso, Hélène forçou o fim imediato dessa ligação. É que, apesar de não coabitarem intimamente, ela era extraordinariamente ciumenta.
Hélène Carrère d'Encausse especializou-se na história da Rússia e notabilizou-se por ter profetizado a queda da União Soviética no seu célebre livro L'Empire éclaté (1978), embora as razões tenham sido diferentes daquelas que então aduziu. A sua obra é vasta, ensinou na Sorbonne e em várias universidades estrangeiras, pertenceu às academias de diversos países, recebeu condecorações um pouco por todo o mundo. A sua vida confunde-se de alguma forma com a cultura da França e com a glória da Rússia. Mesmo com a invasão da Ucrânia, recusou contradizer-se abertamente relativamente às suas afirmações anteriores de que não haveria invasão, usando subterfúgios para o efeito. É por este motivo que Emmanuel, educado durante anos num ambiente russófilo, admitirá no livro que "la Russie est pour moi une affaire de famille".
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| Hélène Carrère d'Encausse no Kremlin em 2000, em entrevista com Vladimir Putin |
Importa não esquecer que Carrère visitou algumas vezes a Rússia, a Geórgia, a Ucrânia, e encontrou-se em Tbilissi (quando eu estudei era Tiflis) com sua prima Salomé Zurabichvilli, que é hoje a presidente da Geórgia.
Algumas transcrições:
«Dans 1984, chacun doit chaque jour participer à deux minutes de haine collective. La télé russe martèle cette haine 24 heures sur 24. 24 heures sur 24, c'est la même incantation: l'Occident veut la mort de la Russie mais la Russie vaincra comme elle a toujours vaincu parce qu'elle est la Troisième Rome et que sa vie est misérable mais que son âme est forte, alors que la vie de l'Occident est agréable mais son âme est faible, dégénérée, minée par les LGBT+, les woke, les écologistes, les nazis et les pédophiles. "La raison de l'opération militaire spéciale, dit le ministre des Affaires étrangères Sergueï Lavrov - celui avec qui Salomé se flattait de négocier dans le respect mutuel -, la raison de l'opération militaire spéciale réside dans le contentement de soi des pays occidentaux depuis la fin de la Deuxième Guerre mondiale." "Vous avez la belle vie, nous on vit dans la merde": c'est ce qu'on me disait déjà à Koltenitch. Mais à Koltenitch, au début de ce siècle, ils avaient encore honte de vivre dans la merde. Ceux qui vivaient dans la merde, Poutine leur a rendu la fierté. Vivre dans la merde est le signe de leur élection. Ils sont le sel de la terre. Ils font peur à nouveaux: aux pédés, aux trans, à tous ces déviants dont le "contentement de soi" offense la Russie. Il est bon de faire partie de cette foule qui fait peur, il est bon de haïr ceux qui n'en font pas partie. Ceux-là, on leur pourrit la vie sur les réseaux sociaux, on les pourchasse, on trace de grands Z sur leurs portes. La lettre Z, à l'origine un marquage militaire, est devenu le symbole du soutien à l'opération spéciale, aux soldats, au président. On la voit partout. On en badigeonne les blindés, les murs, les statues de Lénine, les portes de salon de coiffure. On se la tatoue sur le front, on se rase le crâne en traçant sa marque. Les enfants des écoles se rassemblent pour former d'immenses Z, qu'on voit du ciel et montre à la télévision. Le Z est la croix gammée du poutinisme. Entre Z et non-Z, la division est partout: au travail, dans les familles. Le mari ne parle plus à sa femme, le frère á son soeur.» (pp. 440-441)
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| Hélène Carrère d'Encausse no Kremlin em 2009, recebendo de Dmitry Medvedev a Ordem da Honra da Rússia |
É evidente que Emmanuel Carrère exagera e empresta à narrativa uma boa dose de fantasia, quiçá fruto da sua bipolaridade. Mas transcrevi porque convém reconhecer que existe na Rússia muita gente que apoia a política de Vladimir Vladimirovitch Putin, certamente muito mais do que metade da população segundo as estatísticas que são periodicamente divulgadas pelos mais variados órgãos de comunicação social.
Sobre Catarina II, Carrère escreve:
«Mon travail, au café du port, consiste à lire et annoter, parallèlement, la biographie de Catherine II par ma mère et celle de Potemkine par Simon Sebag Montefiore - l'historien anglais qui m'avait surnommé, rappelez-vous, the unstoppable herring eater , l'inarrêtable mangeur de harengs. Ma mère décrit Catherine grande politique mais aussi intelectuelle de haut vol, correspondant avec Voltaire, Grimm, Diderot - Diderot qui, séjournant à Saint-Pétersbourg, lui meurtrira le genou à force de la malaxer en lui expliquant comment gouverner la Russie. Je ne suis pas surpris que ma mère passe beaucoup plus vite sur l'impressionant appétit sexuel de l'impératrice, mais là-dessus on peut compter sur Simon Sebag Montefiore, ami de l'anecdote et du potin, intarissable sur la passion qui a fait de Catherine et de son favori "des fournaises humaines, réclamant une quantité infinie de combustible sous forme de désir, de gloire, d'extravagance". Dans un mélange bien à eux de français et de russe, ils échangent où qu'ils soient plusieurs billets par jour, portant à quelques lignes d'intervalle sur la conduite de l'Empire et sur la façon dont ils feront l'amour quand ils se retrouveront. Potemkine était un ogre, un fauve, beau et laid, d'une folle bravoure. Quand la frénésie sexuelle décline, ils cessent d'être amants pour devenir d'indéfectibles partenaires. Catherine, "qui ne pouvait pas rester san amour pendant une heure", continuera jusqu'à l'âge de soixante douze ans à avoir des amants. C'était une fonction á la Cour. On commençait pour y accéder par être aide de camp de Potemkine, qui donnait son feu vert ou non. Le nouveau venu vivait sous son regard, et le règne écrasant de la comparaison. L'âge venant, Catherine note avec lucidité qu'il n'est "pas facile pour des jeunes gens, entourés à la Cour de princesses ravissantes, de passer leurs nuits avec une robuste vieille dame". Les ruptures qui s'ensuivent la mettent au désespoir. Potemkine la console, jusque dans son lit. On les entend hurler ensemble, des heures durant, en mémoire d'un favori disparu. Puis Catherine s'en trouve un nouveau, de quarante ans son cadet, et elle écrit à Potemkine: "Je suis grosse et joyeuse, je reviens à la vie comme une mouche en été." Ensemble, ils gouvernent la Russie, c'est-à-dire qu'ils l'étendent.» (pp. 479-480-481)
Emmanuel Carrère casou e divorciou-se duas vezes e vive agora com Charline, a sua terceira companheira. Ele mesmo admite a sua dificuldade em manter uma relação prolongada. Sobre "Secret-défense", transcrevo:
«Charline a un ami écrivain, Arthur, qui a lui-même une petite bande d'amis, comme lui entre trente et quarante ans, comme lui gays, qui ont en commun le goût du canular. Cela semble une forme d'humour un peu vieillote, le canular, le mot lui-même sonne comme "carabin" ou "khagneux", mais Arthur et ses amis un font un art, léger et inventif, tel qu'on ne sais jamais ce qui est vrai et ne l'est pas dans ce qu'ils disent. Cela peut être assez primitif - annoncer que l'addition d'un repas dans une taverne grecque se monte à 1 850 euros - ou plus sophistiqué. Arthur, qui a écrit et publié plus de deux mille pages d'un fascinant Jounal Sexuel (ça, c'est vrai), nous a confié un jour qu'il venait d'être contacté par le conseiller culturel de l'ambassade du Maroc, car le roi Mohammed VI avait beaucoup apprécié son libre et souhaitait le rencontrer - dans la plus grande discrétion, eu égard au sujet. Aprè avoir envisagé plusieurs possibiités, suite de grande hotel ou ambassade, le conseiller culturel et Arthur avaient pensé que cette entrevue confidentielle pourrait avoir lieu chez Charline et moi. Ce qui impliquait, si nous étions d'accord, que les services de sécurité marocains inspectent notre appartement et que deux agents occupent, quelque jours avant le grand jour, notre chambre d'amis. Ils étaient d'accord pour dormir dans le même lit. Le problème avec de telles fabulations, c'est que plus elles sont fréquentes et ritualisées, moins elles ont de chance d'être crues. Cela ne freine pas Arthur et ses amis, qui pratiquent comme une ascese collective la willing suspension of disbelief, la suspension volontaire de l'incrédulité, qui este selon Coleridge la première exigence de la lecture romanesque. Toute la bande nous a rejoint pour quelques jours à Ikaria et, à force d'entendre des canulars, nous avons décidé, Charline et moi, d'en faire un à notre tour. Quand nous nous sommes retrouvés, comme chaque soir, à la taverne, j'ai pris à peine arrivé un air soucieux, quittant la table tous les dix minutes pour téléphoner, revenant de ses conciliabules chaque fois plus sombre et défait. On m'a gentiment demandé si ça allait. Visiblement pas. Charline faisait la navette d'eux à moi, de moi à eux, en disant qu'il ne fallai pas s'inquieter sur le ton le plus inquiétant. Nous avons fait un peu durer le plaisir, et puis j'ai fini pour avouer que ces appels mystérieux, c'étaient mes soeurs, er qu'il se passait quelque chose d'embêtant. Quelque chose de trop lourde pour moi, mais je leur demandais instamment, à eux, de garder le secret parce qu'on avait encore l'espoir que ça ne s'ébruite pas. Ma mère était em ce moment interrogée par la DGSE. Depuis plusieurs semaines, lens gens du contre-espionnage français la soupçonnaient. Elle sortait du bureau d'Emmanuel Macron quand ils ont pris le risque de lui demander, avant qu'elle quite l'Elysée, d'ouvrir son sac à main. Ils ont confisqué et fait parler son iPhone. Elle avait enregistré toute sa conversation avec Macron sur la politique de la France à l'égard de la Russie et, avant celle-ci, plusieurs autres entretiens classés secret-défense. Elle transmettait directement ces renseignments sur un compte Signal dont la DGSE avait de bonnes raisons de penser que c'était le compte personnel de Vladimir Poutine. Au début de la soirée, mes soeurs et moi espérions encore que l'affaire serait etouffé mais, d'un coup de fil à l'autre, il était de plus en plus évident qu'elle allait sortir. J'assistai en direct à cette catastrophe: ma mère, au soir de sa vie, du jour au lendemain déshonorée. J'ai joué mon rôle avec conviction, lâchant les informations avec réticence au début, plus librement quand il est devenu évident que l'affaire serait publique, le scandale énorme. J'étais décomposé, un homme dont l'univers vacille sur ses bases et, même si j'ai du mal à croire que ces garçons que chaque jour inventent un nouveau bobard aient pu réellement avaler celui-ci, nous avons vraiment poussé les choses jusqu'à feindre de lire, sur mon téléphone, la première dépêche de l'AFP, et ils m'assurent avoir, tous, marché comme un seul homme.» (pp. 483-484-485)
Subsiste a dúvida se a descrição relata realmente um "canular" ou se existe alguma verdade nos factos e o verdadeiro "canular" é o de Emmanuel Carrère tentar convercer-nos que se trata de um "canular" um acontecimento verdadeiro.
É que há mais:
«Un an après la mort de ma mère, un chercheur étudiant les archives du KGB a établi que d'importantes figures du monde intellectuel et médiatique français étaient des agents d'influences soviétiques: un journaliste d'investigation du Canard enchaîné, le rédacteur en chef de L'Express. Elle aussi a été surveillée, approchée. Échec total et, de mon point de vue, bonne nouvelle: à plusieurs reprises, elle a reçu les émissaires du KGB, compris à demi-mot ce qu'ils lui voulaient, et les a courtoisement éconduits. Le nom de code sous lequel on se référait à elle était "Sylvie". J'ai du mal à imaginer un prénom qui lui aille moins bien.» (p. 486)
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| Hélène Carrère d'Encausse e seu filho Emmanuel Carrère |
Hélène Carrére d'Encausse morreu com 94 anos, vítima de um cancro que se disseminou por todo o organismo. Prescindindo de outros cuidados, tratou-se apenas com a sua médica generalista, a quem exigiu absoluto segredo. Só mais tarde informou uma das filhas, obrigando-a ainda a sigilo. Manteve a regularidade da sua vida, ainda que com os inevitáveis constrangimentos. Os outros filhos apenas foram avisados perto do fim, quando era já impossível esconder a verdade. Recusou informar o marido (na altura já bastante diminuído), quando se tranferiu de casa para a clínica de cuidados paliativos. Também não o disse ao irmão Nicolas, de quem vivia voluntariamente afastada.
Emmanuel descreve em páginas do mais elevado recorte emotivo e literário os últimos dias da sua vida, a imensa coragem da mãe, a grande dignidade na morte, a recusa firme da eutanásia, a sua confissão a um padre católico, ela que era ortodoa russa. Lembrei-me de Une mort très douce, de Simone de Beauvoir, que li há sessenta anos. Já submetida à morfina, ligeiramente delirante, as últimas palavras que claramente articulou foram Kylian Mbappé, regista o filho.
Não cabe naturalmente aqui registar mais do que um apontamento breve deste livro imenso, por vezes irregular, mas que ficará entre as grandes obras da literatura francesa contemporânea.
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| Túmulo de Hélène Carrère d'Encausse no Cemitério de Montparnasse (division 27) |
Emmanuel Carrère é um homem inteligente, conhece bem a Rússia (que, desde pequeno, a mãe lhe incutiu no coração e no cérebro) mas, até talvez por isso, ao condenar a invasão da Ucrânia recusa-se a compreender as razões que subjazem por detrás dessa "operação militar especial" e que são evidentes para a maioria dos russos e para tanta gente por esse mundo. Mesmo para uma boa parte dos ucranianos, que a trazem dentro de si, e que só não o confessam, muitos deles, porque a isso são coagidos, manu militari, por uma minoria que em Kyev se apossou do poder. Sei do que falo e, sobre isso, já escrevi muitas vezes.
Acresce dizer que a leitura deste livro aproveitará a todos mas em especial aos leitores que tenham algum conhecimento da língua russa, da literatura e da história da Rússia.






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