sexta-feira, 21 de julho de 2017

TOMAR, TERRA TEMPLÁRIA





Alguns dias atrás, fugindo do caos que se instala em Algés, anualmente, durante três dias, por causa da realização do inenarrável festival Optimus Alive, patrocinado pela  Câmara Municipal de Oeiras, entidade que se dedica igualmente a cortar de quando em vez, por causa de corridas, a circulação na Marginal, entre Algés e Oeiras (triste sina a destes munícipes), decidi passar um fim de semana alargado em Tomar.

Coincidiu a minha deslocação (mero acaso) por ocasião da Festa Templária na antiga cidade, o que me permitiu assistir a inesperadas celebrações.


Se é evidente que a principal atracção tomarense é o Convento de Cristo no Castelo que foi dos Templários, também algumas igrejas, como a de São João Baptista, a de Santa Maria do Olival ou a do antigo convento de São Francisco, bem como a minúscula Sinagoga, merecem atenção.

Castelo
Convento de Cristo
Idem
Idem
Idem
Idem
Idem
Aqueduto
Igreja Nª Sª Conceição

Ermida São Gregório
Igreja São Francisco
Idem
Sinagoga
Idem
Idem
Idem
Idem
Igreja São João Baptista
Idem
Idem
Idem
Idem
Igreja Santa Maria do Olival
Idem
Idem
Idem
Idem, lápide funerária de Gualdim Pais
Idem, Panteão dos Mestres Templários
Teatro Municipal
Arraial Templário no Parque do Mouchão
Idem
Idem, com a nora do Rio Nabão
O arraial, com a estalagem,  visto da piscina do hotel
Marcha templária
Idem
Idem
Idem
Idem
Idem
Idem

Havia ainda um concorrido Arraial Templário no Parque do Mouchão, junto ao meu hotel, e na última noite um cortejo nocturno, equestre e pedestre, desfilou desde o Castelo até à igreja de Santa Maria do Olival, onde se encontra sepultado o fundador da cidade e primeiro mestre templário local, Gualdim Pais.

Como curiosidade, não quero deixar de referir o Museu dos Fósforos, nas instalações do antigo convento de São Francisco, que reúne, graças a um emérito coleccionador, mais de 63.000 caixas de fósforos, oriundas de todos os países do mundo, com particular destaque para os conjuntos temáticos.

Não é este o lugar para nos alongarmos sobre a história de Tomar, mas importa referir o interessante livro de Vieira Guimarães, Thomar - S.ta Iria, que reúne importante informação sobre a cidade.



E por hoje, ficaremos assim.

5 comentários:

Anónimo disse...

A cidade de Tomar deverá agradecer ao autor do blog uma tão completa exibição dos seus mais destacados pontos de interesse,não esqucendo,o que se regista com apreço,o pequeno templo de confissão outrora ente nós objecto de perseguições e expulsões (século XVI) que muito contribuiram para a subsequente decadência do reino. Sugere-se ao autor o envio do post para a Câmara Municipal,que certamente não hesitará em agraciá-lo com merecida medalha de ouro de mérito municipal. Entretanto,viria a propósito averiguar melhor o processo da extinção(?) dos templários em Portugal,que presumo se passou sem as malfeitorias francesas,a transição para a nova Ordem de Cristo, etc. Desafios ao erudito autor...

Blogue de Júlio de Magalhães disse...

1) Muito mais haveria a escrever sobre Tomar, e mais fotos a publicar, inclusive uma da estátua do Infante Dom Henrique, à entrada da Mata dos Sete Montes, mas a escultura pareceu-me tão feia, que não ousei reproduzir a fotografia;
2) Nunca fui candidato a medalhas ou condecorações, ainda mais agora que são distribuídas a esmo. Nem sequer tenho a pretensão de vir a ser cidadão honorário;
3) A "transformação" da Ordem do Templo em Ordem de Cristo daria um estudo interessante, até por causa da ulterior política da Santa Sé. Mas não está no meu horizonte mais próximo. "Vaste programme", como diria o general De Gaulle.

Zephyrus disse...

Nao sendo historiador, por leituras que fui fazendo, parece-me que a verdadeira extincao da Ordem Templaria em Portugal se deu ja no reinado de D. Joao III, devido as diligencias de um frei jeronimo cujo nome nao me recordo...

A via espiritual Templaria, e ja agora a Catara, diferem da via espiritual dos Dominicanos ou Franciscanos... Foram alias os dominicanos que se apoderaram da Inquisicao em Portugal, e a eles se deve em grande medida o atraso cultural que no seculo XVII era bem visivel no nosso pais. Diferentes ainda eram os Jesuitas, outra via...

D. Joao III ate chocou Roma e dizia-se por la que queria roubar o dinheiro dos cristaos-novos. As tres primeiras decadas do seculo XVI em Portugal foram de recessao... segundo estudos economicos recentes.

Tera sido a tragedia de Alcacer-Quibir o castigo pela expulsao dos judeus, pelo roubo dos cristaos-novos e pelo fim da Ordem de Cristo? Talvez...

Zephyrus disse...

Acrescento que as terras que estiveram na posse dos Templarios em Portugal se situam aproxidamente a mesma latitude, e nessas regioes sao visiveis no mundo rural os vestigios do antigo culto medieval do Espirito Santo...

Zephyrus disse...

Destaque ainda para a importancia dada pelos Templarios ao culto de Sao Sebastiao...