sábado, 26 de dezembro de 2015

A INVENÇÃO DO MÉDIO ORIENTE





Nestes últimos dias do ano de 2015, em que a guerra continua a devastar o Médio Oriente (uma expressão inventada em 1902), com o seu ultrajante cortejo de vítimas e a subordinação aos interesses das grandes potências da sorte de milhões de pessoas, merece uma releitura atenta o dossier incluído no nº 92 (Julho de 2014) da revista "Qantara", relativo à forma como, na sequência da Grande Guerra, foi redesenhado o mapa da região.

Já evocámos várias vezes neste blogue os Acordos Sykes-Picot, a Declaração Balfour, o Tratado de Sèvres, a Conferência de San Remo, etc., etc. Mas nunca é demais reflectir sobre os efeitos das decisões tomadas, nomeadamente por britânicos e franceses, quanto à partilha do derrotado Império Otomano.

No próximo ano, comemora-se o centenário da Grande Revolta Árabe de 1916, um movimento de esperança na criação da grande nação árabe, incentivado e depois atraiçoado pelas conveniências políticas e económicas dos vencedores da Primeira Guerra Mundial.

Tivessem sido diferentes os caminhos da História e não seríamos confrontados com os acontecimentos que desde então, e especialmente nos últimos anos, têm ensanguentado a região e se repercutem hoje, com expressão progressivamente mais violenta, no mundo dito Ocidental.


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