O litoral setentrional da ilha de Creta tem o privilégio de dispor de uma sequência de praias magníficas, banhadas por águas tépidas e tranquilas. O sítio ideal para quem goste de tomar banhos de mar como se estivesse na banheira. De certo modo, recordam-me as praias da Tunísia, agora pouco frequentadas, por óbvias razões. Nem o Mediterrâneo seria o Mare Nostrum se não nos facultasse vantagens pouco frequentes noutras paragens.
Também é um facto que a costa norte da ilha se encontra dotada de óptimas unidades hoteleiras, de vários géneros e preços, oferecendo ao veraneante um leque de opções capaz de satisfazer as exigências mais diversas.
Tive a oportunidade de passar alguns dias, há duas semanas, num hotel de Amudara, uma localidade cerca de 10 km a oeste de Heraklion. Uma experiência que procurarei repetir. Não só pela excelência da praia como pela qualidade das instalações que utilizei.
Dotado de vários restaurantes e bares, tavernas e tendas "beduínas", piscinas e campos de jogos, o hotel dispõe ainda de uma capela, edificada no vasto parque, e de um teatro ao ar livre, além das funcionalidades habituais neste género de empreendimentos.
Independentemente do edifício principal, existem muitos bungalows, espalhados pelo parque ou debruçados sobre a praia.
Garanti-me, à partida, de que se tratava de uma zona calma e de um hotel mesmo sobre a praia, com uma frequência habitual de gente adulta, ao contrário da efervescência que reina em outras localidades turísticas da ilha. Verifiquei, à chegada, que havia até uma representação significativa da chamada terceira idade, o que conferia ao ambiente um sossego porventura difícil de encontrar noutras paragens. Também havia jovens e crianças, mas a percentagem destas era relativamente despicienda e impossível, por isso, de perturbar os adultos.
Com Manos, empregado do bar da esplanada |
Do que me fui apercebendo, e também pelas perguntas aos funcionários, os ocupantes do hotel são, em média, 50% de franceses e belgas. Depois, vêm, em percentagens semelhantes, ingleses e alemães. Em quinto lugar, os russos. O remanescente distribui-se por várias nacionalidades, mas eu era o único português. E antes de mim, que se lembrassem, só um outro tinha por lá passado este ano.
Com a equipa de animação |
No teatro |
Com Nikos, empregado do bar do teatro (Nikos, que também é jogador de basquetebol, tem 2 m de altura!!!) |
A "equipa de animação", composta por quatro rapazes (dois italianos, um espanhol, outro de ascendência peruana) e quatro raparigas, encarregavam-se de monitorizar actividades nas piscinas, jogos de bola (não sei quais), etc., e, à noite, exibiam-se no teatro, com shows divertidos, de compreensão acessível (a língua utilizada era, como em toda a parte, o inglês) mesmo para quem não entendesse o que diziam, pois o gesto é tudo e a coreografia e o cenário ajudam.
Em frente do hotel, ou melhor da série de hotéis que bordam a costa, um vasto conjunto de restaurantes e de lojas (supermercados, casas de souvenirs, etc,) compõem a paisagem local.
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