domingo, 18 de junho de 2017

O FOGO ANUAL




Um terrível incêndio no concelho de de Pedrógão, alastrando aos concelhos vizinhos, originou esta madrugada uma tragédia de indescritíveis proporções, com dezenas de mortos e feridos.

Aventa-se que não terá existido mão criminosa na origem do fogo, mas todos os anos se repetem cenas semelhantes por todo o país. Algo não estará bem no ordenamento florestal, na limpeza das matas, na dotação às populações e aos organismos competentes de meios eficazes de combate aos incêndios.

Acresce que Portugal sobrevive neste momento com temperaturas superiores às dos próprios países do Golfo, conhecidos pela sua inabitabilidade estival. O que só facilita a propagação das chamas.

Espera-se que após a sepultura dos mortos, a protecção dos sobreviventes, a possível rconstrução das áreas destruídas, se olhe, DEFINITIVAMENTE, se algo de definitivo existe neste mundo, para as condições que permitem semelhantes catástrofes e se dote o país dos meios indispensáveis para lhes fazer face.

Não basta a abnegação dos bombeiros e dos populares, os donativos das instituições, os lamentos dos governantes, as intermináveis e repetitivas reportagens televisivas, as mensagens dos estadistas estrangeiros.

Nós teremos a obrigação de chorar os mortos mas igualmente o dever de exigir aos vivos a adopção de medidas drásticas que evitem semelhantes situações.


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