sábado, 28 de abril de 2012
FERNANDO PESSOA, SEMPRE
Acabou de ser publicado o livro Fernando Pessoa - uma quase-autobiografia, de José Paulo Cavalcanti Filho, que entre outras actividades, profissionais ou académicas, foi ministro das Finanças do Brasil.
Trata-se de mais um título, a acrescentar à imensa bibliografia passiva pessoana, mas não se tratará, possivelmente, de uma repetição, no conteúdo, mas especialmente na forma, do que se tem escrito sobre o imortal autor de Mensagem.
Deve-se a João Gaspar Simões, e nunca é demasiado referi-lo, a primeira biografia de Pessoa. Outras se sucederam, com destaque para a que foi elaborada por Robert Bréchon, E foi Maria José de Lancastre que publicou a primeira fotobiografia do poeta.
O livro agora editado é, no dizer do autor, "a biografia de alguém que nunca teve vida". E está escrito já não sei se em brasileiro ou se no português do famigerado acordo ortográfico, ainda que Cavalcanti diga que "Esta edição portuguesa foi revista e atualizada, em relação à brasileira. Em alguns pontos, com alterações significativas. Ficou melhor.". Divide-se o texto em quatro actos:
Ato I - Em que se conta dos seus primeiros passos e caminhos
Ato II - Em que se conta da arte de fingir e dos seus heterónimos
Ato III - Em que se conta dos seus muitos gostos e ofícios
Ato IV - Em que se conta do desassossego e do seu destino
Esta forma de "arrumar" a matéria poderá verificar-se bastante conveniente para os estudiosos que procurem, em dado momento, encontrar os dados de que carecem, mas também se torna interessante para o leitor comum, ao permitir um conjunto não despiciendo de referências afins na mesma "cena" de qualquer um dos "actos".
Leia-se pois, ou consulte-se, esta nova obra que enriquece os estudos pessoanos e a literatura em geral.
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1 comentário:
Ainda bem que surge um Pessoa biográfico e por temas, Vou ler,
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