quinta-feira, 26 de setembro de 2019

JACQUES CHIRAC




Morreu hoje, aos 86 anos, Jacques Chirac, que foi presidente da República e primeiro-ministro de França, presidente da Câmara Municipal de Paris, além de ter exercido outras diversas funções durante a sua longa carreira política.

Homem por vezes contraditório, começou por ser esquerdista, fez a sua carreira na direita, mas acabou por perfilhar muitas das opções defendidas pela esquerda durante o seu mandato presidencial, como a abolição da pena de morte, o apoio a Simone Veil na batalha pela IVG, a denúncia da intolerância e do racismo ou o alerta da opinião mundial sobre os perigos do aquecimento climático. Todavia, a História assinalará especialmente a sua recusa em participar ao lado dos Estados Unidos e do Reino Unido na criminosa aventura que foi a invasão do Iraque.

Homem verdadeiramente culto, ainda que muitos pretendessem o contrário, apaixonado pelas antiguidades, autêntico amigo de árabes e africanos (embora algumas expressões ocasionais pudessem supor o contrário), criador do célebre Museu do Quai Branly, das Artes e Civilizações da África, Ásia, Oceania e América, coleccionador de obras de arte, leitor assíduo e profundo conhecedor dos clássicos, Jacques Chirac foi, apesar de algumas debilidades, o último estadista a ocupar a presidência da V República Francesa. Depois dele, com Sarkozy, Hollande e Macron, a França só tem conhecido a mediocridade.

domingo, 22 de setembro de 2019

SALÓNICA XXXI - MOSTEIRO DE SANTA TEODORA




O Mosteiro de Santa Teodora fica situado na Rua Ermou, próximo da igreja de Santa Sofia. O mosteiro foi inicialmente dedicado a Santo Estêvão, passando à designação de Santa Teodora quando as suas relíquias para lá foram trasladadas no ano de 893. Sendo inicialmente uma comunidade monástica, no século XVIII passou a servir como igreja paroquial.


Quando os turcos ocuparam Salónica, violaram o relicário da santa mas o templo nunca foi utilizado como mesquita. A igreja principal do Mosteiro ficou muito danificada pelos incêndios de 1890 e especialmente de 1917. 


A nova igreja foi construída em 1935 próximo do local da que fora destruída, e em 1957 o Metropolita Panteleimon I concluiu a ala oeste do Mosteiro que serviu inicialmente como residência de estudantes e depois como escola eclesiástica.


O Mosteiro tem cinco dependências a seu cargo no Arcebispado de Salónica: a Igreja de Santo António, a Capela de São Nicolau Tranos, a Igreja de São Panteleimon, a Capela de Nossa Senhora da Compaixão e a Igreja de São David.


Desde 1974 o complexo tem funcionado como mosteiro para homens, e em 1989 foi aí instalado o Centro de Estudos Hagiológicos da Metrópole de Salónica.


sábado, 21 de setembro de 2019

SALÓNICA XXX - BEZESTENI




O Bezesteni (Mercado dos tecidos) é uma edificação do período otomano, na rua Venizelou, mandada construir pelo sultão Mehmet II, no final dos anos 1450 e uma das mais antigas ainda de pé no centro de Salónica.

Utilizada para actividades económicas e financeiras, tornou-se um dos mais importantes centros da região, proporcionando o comércio de artigos diversos, conservando documentos importantes e controlando a qualidade das mercadorias e do dinheiro.


O edifício, construído segundo a arquitectura típica do século XV otomano, é constituído por seis cúpulas e dispõe de quatro entradas. No interior, sete arcos duplos suportam os dois pilares principais da estrutura.

Parcialmente destruído pelo grande incêndio de 1917, foi reconstruído na forma actual, tendo-lhe sido acrescentadas mais algumas lojas e armazéns.


Não sendo uma edificação grandiosa, distinguiu-se ao longo dos séculos pelos serviços prestados à população e mantém ainda hoje, como tive ocasião de comprovar pessoalmente, uma numerosa clientela que ali se dirige quotidianamente. A maior parte dos comerciantes ainda existentes dedica-se à venda não só de tecidos mas também de de flores e jóias.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

A LOUCURA DO POLITICAMENTE CORRECTO




O "politicamente correcto" surgido há anos especialmente nos Estados Unidos tem-se revelado uma nova forma de censura, dir-se-ia mesmo de ditadura, em países supostamente democráticos, ultrapassando os limites do mais elementar bom-senso e mesmo da racionalidade.

Todos os dias chegam ao nosso conhecimento afirmações e factos que pelo seu radicalismo desafiam o que ainda resta de sensatez no género humano e provocam reacções exactamente contrárias às intenções pretendidas (?) pelos seus autores.

Acontece que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, se mascarou em 2001 - há 18 anos - numa festa, vestindo-se de Aladino e pintando a cara de castanho. Uma fotografia do evento, tinha então Trudeau 29 anos, foi agora publicada pela revista "Time" e desencadeou uma onda de críticas, nomeadamente do seu opositor nas próximas eleições do país. Considerada uma atitude racista, Trudeau sentiu-se obrigado a apresentar desculpas públicas pelo facto.

Ora não só os conceitos há 18 anos eram muito diferentes dos actuais, como pintar a cara para simular um indivíduo negro, sem qualquer pretensão ofensiva, nada é de condenável, a não ser nos critérios puritanos dos novos arautos do politicamente correcto, cujas atitudes começam a configurar práticas totalitárias.

A seguirmos esta corrente, pergunta-se como poderão no futuro ser apresentadas óperas e peças de teatro que ponham em cena personagens cuja pele seja escura e onde a diferença de cor seja imprescindível para a compreensão da obra.

A única censura que se poderá fazer a Trudeau é que Aladino, supostamente árabe, personagem d'As Mil e Uma Noites, teria uma pele "branca", quando muito tostada pelo Sol, pois as pessoas do Médio Oriente não são negras.

Até onde chegará a insanidade do politicamente correcto? Melhor fora que se debruçassem sobre os assuntos que realmente importam ao mundo.

ZINE EL ABIDINE BEN ALI




Morreu hoje em Djiddah (Arábia Saudita), o segundo presidente da República da Tunísia, Zine el Abidine Ben Ali.

Nascido em Hammam-Sousse (3 de Setembro de 1936), Ben Ali seguiu a carreira militar, atingindo o posto de general. Nomeado ministro da Segurança Nacional depois dos motins sangrentos de Janeiro de 1984, o presidente Bourguiba designou-o para a pasta do Interior em 1986 e em 2 de Outubro de 1987 escolheu-o como primeiro-ministro.

Tendo-se agudizado as lutas palacianas pela sucessão de Bourguiba, que manifestava evidentes sinais de senilidade, Ben Ali, mediante um relatório médico atestando a incapacidade do presidente, accionou o artigo 57º da Constituição de 1959, tornando-se, nos termos legais, presidente da República, em 7 de Novembro de 1987.

Eleito por sufrágio universal em 2 de Abril de 1989, foi sucessivamente reeleito em 1994, 1999 e  2009. 

Na sequência das manifestações de Janeiro de 2011 (o começo da chamada "Primavera Árabe") e tendo perdido o apoio do exército, Ben Ali abandonou o país em 14 de Janeiro, refugiando-se na Arábia Saudita.

Não cabe aqui traçar a biografia de Ben Ali, mas importa dizer que os primeiros tempos da sua presidência foram bem acolhidos pelos tunisinos, à excepção, evidentemente, dos islamistas, que foram progressivamente mantidos à distância do Poder.

Deve-se a Ben Ali o notável desenvolvimento económico e social do país, apesar das grandes brechas difíceis de colmatar num território subdesenvolvido. As iniciativas tomadas no campo da instrução, o estatuto das mulheres, a construção de infraestruturas, os investimentos estrangeiros e a promoção do turismo, que tornou a Tunísia um lugar de eleição para os europeus, são medidas que devem ser-lhe creditadas. Conseguiu também manter uma efectiva segurança no país, embora à custa de medidas repressivas, mas talvez não pudesse ser de outra forma, como o demonstraram os sangrentos atentados ocorridos após a sua partida.

Presidente de um regime formalmente democrático, Ben Ali manteve uma rígida censura da comunicação social e um controlo apertado das oposições políticas, mas elevou inegavelmente o nível de vida dos tunisinos. Com a sua queda a Tunísia regrediu muitos anos e, por isso, apesar de viverem agora em democracia, são muitos os tunisinos que lamentam a sua destituição. O nível de vida é agora inferior em todo o país e a taxa de desemprego elevada.

A sua trajectória política não foi linear, tendo sempre tentado procurar um equilíbrio entre as forças de esquerda, os islamistas mais moderados e outros opositores do regime. Os últimos anos do seu consulado foram especialmente muito contestados devido à interferência na governação da sua segunda esposa Leyla Trabelsi e da família desta, que se imiscuíram nos assuntos políticos e económicos, perante a passividade do presidente.

A Tunísia, pretensamente "laica" de Habib Bourguiba foi-se rendendo ao fundamentalismo islâmico dos Irmãos Muçulmanos, como se pode ver pela força actual do partido Ennahdha, ainda que a maioria da população, sobretudo a juventude, já muito familiarizada com os costumes ocidentais, nomeadamente pelo contacto com os turistas, rejeite os radicalismos morais e religiosos. Mas nem tudo são rosas (ou jasmins), já que à segunda volta das eleições presidenciais, a decorrer dentro de dias, concorrem dois candidatos conservadores, um dos quais já se pronunciou a favor de uma ortodoxia dos costumes.

Com a morte de Ben Ali desaparece o penúltimo líder deposto pela "Primavera Árabe".

terça-feira, 17 de setembro de 2019

A "MORTE EM VENEZA" EM LISBOA




Como a vida é feita de recordações, não quero deixar de partilhar com alguns amigos este programa, que encontrei nos meus papéis, do filme Morte em Veneza, que se estreou no cinema Satélite, que era uma sala estúdio do grande cinema Monumental, em Outubro de 1971.

Estes cinemas e o respectivo edifício já desapareceram, como parece que está para desaparecer o monstro que lhe sucedeu.

A urbanização de Lisboa, depois da revolução de 1974, passou a ser uma calamidade pública. Haverá quem discorde desta minha opinião, mas paciência! Então nos últimos anos, os atentados contra o património edificado são monstruosos.

Resta-nos que o filme em questão, esse é imortal, tal como a novela que lhe deu origem. Poderão proibir a película e o livro, mesmo destruí-los, mas não conseguirão apagar a imagem que em nossas memórias perdurará.

E assim decorreram quase cinquenta anos! Parece que foi ontem.


domingo, 15 de setembro de 2019

SALÓNICA XXIX - BEY HAMAM



O Bey Hamam, também conhecido por "Banhos do Paraíso", é um edifício de banhos turcos situado na Avenida Egnatia, a leste da Igreja de Panagia Chalkeon.


Construído pelo sultão Murat II, entre 1436 e 1444, foi o primeiro e o mais importante hammam edificado em Salónica e o único que ainda permanece de pé. No local teriam existido anteriormente banhos públicos, no tempo do Império Romano.


Estes Banhos tinham uma parte reservada a homens e outra a mulheres. Cada uma delas compreendia três secções: um quarto frio, um quarto tépido e um quarto quente.


A parte masculina incluía uma grande sala octogonal fria, com uma galeria suportada por colunas, arcadas com janelas  e uma cúpula pintada. Seguia-se uma sala tépida, também octogonal, com uma cúpula com occuli e uma série de pinturas de plantas. Finalmente, passava-se ao complexo das salas quentes, de estrutura cruciforme, com uma mesa de massagem no centro. Oito pequenas salas tépidas e quentes existiam neste espaço e encontravam-se equipadas com bacias e bancos de mármore.


Anexo ao edifício existia uma cisterna para fornecimento de água e uma caldeira para aquecimento da mesma, depois convertida em vapor.


Os banhos continuaram a ser utilizados, com o nome de Banhos do Paraíso, até 1968, isto é, mais de meio século depois de os otomanos terem sido expulsos de Salónica, o que demonstra a afeição do povo grego a este tipo de "ritual" muçulmano. Nessa data, os Banhos transitaram para os serviços arqueológicos da cidade. O terramoto de 1978 danificou o edifício que foi posteriormente restaurado e é hoje utilizado para a realização de exposições e eventos culturais.


terça-feira, 10 de setembro de 2019

SALÓNICA XXVIII - IGREJA DE SOTIROS




A Igreja de Sotiros (Ναός του Σωτήρος), isto é, do Salvador, é uma capela bizantina do século XIV, situada na Avenida Egnatia, próximo do Arco de Galério. Também é conhecida como Igreja da Metamorfose do Salvador.


As investigações realizadas aquando do restauro (a capela fora gravemente danificada pelo terramoto de 1978) revelaram que o templo fora inicialmente dedicado à Virgem Maria, no tempo dos Paleólogos. Foi encontrado nas pesquisas um relicário contendo duas inscrições relativas a essa consagração, o que contradiz a visão geralmente aceite pelos eruditos que identificavam a igreja com o monydrion de Kir Kiros, mencionado no chrysobull do imperador João V, que está hoje no Mosteiro de Vatopedi.


Outros estudiosos pretendem que este monydrion fosse a capela de um maior complexo monástico, que identificam com o Mosteiro de Kir Joel.


Os trabalhos de restauro revelaram uma forma arquitectónica rara e foram encontrados dois túmulos, o que sugere que a sua estrutura poderia ser a de um monumento funerário. Uma moeda encontrada nas escavações aponta para 1350 a data da construção.


Esta igreja nunca foi convertida em mesquita durante a ocupação otomana, talvez pelo facto das suas reduzidas dimensões.


As pinturas das paredes estão distribuídas por três zonas. Oito profetas estão pintados entre as janelas da abóbada e no cimo desta pode ver-se a ascensão de Cristo, ladeado pelos anjos e contemplada pela Virgem e os Apóstolos. Nas paredes existem imagens relativas a temas litúrgicos. Estes frescos são contemporâneos da edificação da igreja.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O MUNDO DE ONTEM




Stefan Zweig (1881-1942) foi, certamente, um dos escritores mais lidos e traduzidos mundialmente na primeira metade do século passado. Natural de Viena, em cuja universidade se licenciou, e desfrutando de uma confortável situação económica, graças à fortuna da família, pôde consagrar-se à sua grande paixão, a literatura. Romancista, poeta, dramaturgo, biógrafo e jornalista, escreveu mais de trinta livros, que foram vertidos para os mais diversos idiomas. Em Portugal, a Livraria Civilização publicou, ao tempo, todos esses livros, embora existam agora algumas edições mais recentes.

Relativamente esquecido nas últimas décadas, autor de uma obra irregular, mas com momentos de inegável talento, Zweig não é um dos nomes cimeiros da literatura ocidental, mas também não é um escritor menor, como alguns pretenderam fazer crer durante um certo período. Os seus livro tiveram ampla divulgação na Áustria e na Alemanha, e alcançaram rápida projecção em todo o mundo.

No tempo em que vivemos, de tão profundas e significativas modificações, é interessante, e profícuo, reler O Mundo de Ontem (Die Welt von Gestern), editado em 1942 (a edição portuguesa que menciono é de 1953), onde Stefan Zweig traça a sua autobiografia até à ascensão de Adolf Hitler ao poder. O escritor debruça-se especialmente sobre a sua vida em Viena nos tempos de estudante, as suas amizades com personalidades sucessivamente mais notáveis, as viagens ao estrangeiro, a sua actividade literária, os usos e costumes da sociedade austríaca até ao início da Primeira Guerra Mundial. É esse mundo (de ontem) cujo desaparecimento Zweig profundamente lamenta. Um mundo que começou a desaparecer em 1914, que teve um efémero e pálido retorno entre as duas Guerras e que se afundou após a instalação do nazismo na Alemanha, e depois na Áustria.

Neste livro, por vezes demasiado minucioso e encerrando algumas contradições, ainda que bem traduzido (os tradutores antigos esmeravam-se habitualmente no seu trabalho) o escritor relata também a sua vida durante o período da Primeira Guerra, o tempo da Primeira República Austríaca e da República de Weimar, a credulidade ingénua dos austríacos de que Hitler nunca atacaria a Áustria (os mesmos que haveriam de ovacionar o Führer na Praça dos Heróis, em Viena e ratificar o Anschluss de 1938), e todas as desgraças subsequentes.

Sendo judeu, Stefan Zweig, verificando a situação existente de facto na Áustria e prevendo avisadamente o futuro, decidiu abandonar a sua casa de Salzburg e exilar-se em Inglaterra em 1934. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Zweig rumou em 1940 para os Estados Unidos, e daí para o Brasil, onde viria a suicidar-se (juntamente com a mulher), em Petrópolis, em 23 de Fevereiro de 1942, ao constatar que todo o mundo que era o seu se desmoronava à sua volta.

Abro um parêntese para recordar uma coincidência: o suicídio do casal Zweig talvez tenha sido um acto premonitório do suicídio de outro casal (Hitler e Eva Braun), sendo que a causa do suicídio de Zweig foi afinal a própria política de Hitler.

Não pretende este texto resumir uma biografia de Stefan Zweig (há várias editadas), mas tão só realçar o desencantamento do mundo sentido pelo escritor e amplamente exposto neste livro. Apesar de não termos desde há 70 anos uma guerra mundial, a aceleração do "progresso" processa-se hoje a uma velocidade que teria sido também insuportável para Zweig. Nunca, ao longo da História, tantas coisas mudaram tanto em tão pouco tempo. E mesmo os espíritos mais argutos têm dificuldade em adaptar-se ao mundo de hoje, o chamado "mundo novo" no léxico político de Emmanuel Macron. E ainda sobre guerras mundiais, é bom lembrar, temos tido, como já observou o Papa Francisco, uma guerra mundial a retalho, ora a frio ora a quente, como demonstram os conflitos na Jugoslávia, no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria, na Ucrânia, etc. 

Revisitemos, pois, a obra de Stefan Zweig.

domingo, 1 de setembro de 2019

SALÓNICA XXVII - YENI TZAMI




A Yeni Tzami (em grego, Γενί Τζαμί, em turco, Yeni Camii = Mesquita Nova) foi construída pelo arquitecto italiano Vitaliano Poselli em 1902 para a comunidade Dönmeh, isto é, para o grupo de judeus que se tinham convertido (pelo menos aparentemente) ao islão. Esta comunidade centrou-se especialmente em Salónica, e não era olhada com muito bons olhos quer por judeus, quer por muçulmanos. 



Foi a última mesquita construída em Salónica, num estilo um pouco híbrido, combinando influências islâmicas com tendências modernas, e já num lugar um pouco excêntrico ao centro da cidade.



Após a libertação de Salónica do Império Otomano, e a troca de populações entre a Grécia e a Turquia, a mesquita foi desactivada e passou a servir como museu arqueológico (1925), até à construção do actual Museu. 



Exactamente por isso, fica situada numa rua que ainda hoje se chama Rua do Museu Arqueológico.



A Yeni Tzami é agora utilizada como centro de exposições e outras manifestações culturais.



No terreno exterior existe um grande número de sarcófagos da era romana e dos primeiros tempos cristãos, encontrados em escavações na zona da cidade, bem como estelas votivas e algumas estátuas.