domingo, 22 de abril de 2012

AS ESPERANÇAS FRUSTRADAS





O coronel Rodrigo de Sousa e Castro, que foi porta-voz do Movimento das Forças Armadas, concedeu a António José Teixeira, na SIC Notícias, uma lúcida entrevista sobre as esperanças defraudadas dos portugueses relativamente à Revolução de Abril de 1974. Este oficial procede a uma análise serena da trajectória da nossa democracia (se assim ainda lhe posso chamar) e das mentiras dos sucessivos governantes ao povo português.

Importa ouvir integralmente as declarações de Sousa e Castro, mas não posso abstrair de comentar um dos aspectos por ele salientado e que é, em minha opinião, uma das origens da tragédia nacional: a influência nefasta das juventudes partidárias (coisa aberrante, corrosiva e nociva) na nossa vida pública, autêntico aviário de incompetentes dirigentes políticos que têm desgraçado o país. Foram estas "juventudes" que levaram a Assembleia da República a decidir a extinção do SMO (Serviço Militar Obrigatório), que, para além de todas as outras razões passíveis de invocar, constituía uma escola de virtudes, e que era para os mancebos, hoje desenraizados da vida familiar, uma forma de integração cívica e, porque não dizê-lo, patriótica, no mais nobre sentido da palavra.

3 comentários:

Zephyrus disse...

«Foram estas "juventudes" que levaram a Assembleia da República a decidir a extinção do SMO (Serviço Militar Obrigatório), que, para além de todas as outras razões passíveis de invocar, constituía uma escola de virtudes, e que era para os mancebos, hoje desenraizados da vida familiar, uma forma de integração cívica e, porque não dizê-lo, patriótica, no mais nobre sentido da palavra.»

Sou jovem e concordo. Nunca frequentei mas tenho amigos no Chipre e em Israel que frequentam o serviço militar obrigatório. Por lá dura 2 anos, e só entram no Superior aos 20 ou 21. Ganha-se maturidade, disciplina, sentido de responsabilidade e de dever patriótico. Eles não lamentam nem se queixam. E ingressam no Superior com outra postura. Não nos deixemos iludir pela paz. O futuro da Europa é incerto e pairam ameaças sobre o Velho Continente. Mas neste momento é impossível que ocorra a reposição do serviço militar obrigatório.

Anónimo disse...

Exactamente

Anónimo disse...

Absolutamente de acordo com tudo o que aqui foi comentado. Os "homens e mulheres" de hoje e de amanhã, criados nas maiores das mordomias e sem a menor ponta do que seja uma qualquer responsabilidade, tornaram-se infantis e, com a ideia absurda de que apenas tem direitos. Claro que a sociedade como um todo, desresponsabilizou-se da sua formação e esqueceu-se de um minúsculo detalhe: a qualquer direito, corresponde no mínimo uma obrigação. Disseram aos "meninos" que tudo lhes era devido e que não precisavam de se preocupar com coisa alguma. Nada de esforços inúteis nem de qualquer tipo de preparação, como se a vida fosse um jogo eterno para crianças. Temos aí o resultado em toda a sua brutalidade. O mais grave de tudo isto, é que são estes "meninos" que já estão a mandar na coisa. Tropa, vida militar? isso são coisas do passado e que não interessam. Como nos ensina a História nada é eterno e, como tal, tudo isto um dia mais tarde ou mais cedo dará a volta e então "os meninos" vão ver o que é bom p'ra tosse. Espero bem que seja mais cedo que tarde.
A ideia absolutamente criminosa de extinguir o serviço militar obrigatório, conforma em si mesma o princípio de alta traição à Pátria e, como tal deveria ser tratada.
Marquis