sábado, 17 de março de 2012

A PALESTINA PERMANECE NO CORAÇÃO


Foi publicado há poucas semanas um novo livro de Jean-Pierre Filiu, historiador e arabista, professor em Sciences-Po (Paris) e nas universidades de Columbia (Nova Iorque) e Georgetown (Washington). Tem por título La Révolution arabe: Dix leçons sur le soulèvement démocratique.

Não concordo integralmente com as teses desenvolvidas por este ilustre scholar, mas não posso eximir-me a reproduzir a introdução à Nona lição:

La Palestine au coeur demeure

Prenez au hasard un ou une jeune Arabe, âgé(e) de 25 à 30 ans. Elle (ou lui) peut suivre une brillante carrière à Tunis, travailler dans les champs de la vallée du Nil, vendre à la sauvette à Casablanca, vivre l'effervescence branchée de Dubaï, être une diplomée chômeuse à Aden, un entrepreneur cosmopolite à Beyrouth, un consultant prometteur à Djedda, une étudiante attardée à Oran, un employé aigri à Benghazi ou une enseignante dévouée à Zarqa. Il (ou elle) peut être jeune marié(e), habiter toujours chez ses parents, chérir le célibat, hésiter entre deux partenaires, entre deux pays ou entre deux emplois. Elle (ou lui) peut avoir la foi, l'avoir perdue, l'avoir retrouvée ou ne jamis l'avoir eue. Mais une chose est certaine pour lui comme pour elle: durant les vingt ou vingt-cinq dernières années, la Palestine a été au coeur d'un flux constant d'informations, de commentaires et d'engagements, à fort impact politique.

Traduzindo:

A Palestina permanece no coração

Tome-se ao acaso um ou uma jovem árabe, de 25 a 30 anos. Ele (ou ela) pode seguir uma carreira brilhante em Tunis, trabalhar nos campos do vale do Nilo, vender às escondidas em Casablanca, viver a excitação do Dubai, ser uma diplomada desempregada em Aden, um empresário cosmopolita em Beirute, um consultor promissor em Djedda, uma estudante retardada em Oran, um empregado amargurado em Benghazi ou uma devotada professora em Zarqa. Ele (ou ela) pode ser um(a) jovem casado(a), continuar a viver em casa dos pais, acalentar o celibato, hesitar entre dois parceiros, entre dois países ou entre dois empregos. Ela (ou ele) pode ter fé, tê-la perdido, tê-la reencontrado ou nunca a ter tido. Mas uma coisa é certa tanto para ele como para ela: durante os últimos vinte ou vinte e cinco anos, a Palestina esteve no coração de um constante fluxo de informações, de comentários e de compromissos, com forte impacto político.


Um texto à atenção dos responsáveis pelo governo de Israel e de todos os judeus espalhados pelo mundo.

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