Morreu anteontem, no Porto, dois dias antes de completar 94 anos, a escritora, ensaísta e poetisa Dalila Pereira da Costa, uma das grandes figuras da cultura portuguesa contemporânea. Morreu silenciosamente, como viveu, quase sem referências ao seu óbito na comunicação social, o que não admira atendendo à mediocridade reinante.
Contudo, Dalila foi autora de uma vasta obra, onde se destacam O Esoterismo de Fernando Pessoa, A Nova Atlântida, A Nau e o Graal, Orpheu, Portugal e o homem do futuro, Da Serpente à Imaculada, Místicos portugueses do século XVI, D. Sebastião, El-rei ungido: Rei eleito, num total de 30 livros.
Formada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra, integrou o Grupo da Filosofia Portuguesa, fundado por Álvaro Ribeiro e José Marinho e de que fizeram parte, entre outros, António Quadros, António Braz Teixeira, Afonso Botelho, Pinharanda Gomes, Orlando Vitorino e António Telmo.
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